Dirigentes educacionais, professores e a sociedade civil participaram da Conferência Municipal Extraordinária da Educação na terça-feira, dia 17, na Escola de Tempo Integral Adeum Hilário Sauer, no Bairro Vila Anália. O evento foi realizado pelo Fórum Municipal da Educação e Prefeitura de Itabuna sobre o Plano Nacional da Educação (PNE) 2024-2034.

Na Conferência foram abordados eixos como direitos humanos, valorização dos profissionais e financiamentos da Educação, questões socioambientais e diversidade, que serão apresentados na Conferência Nacional da Educação no mês de janeiro, em Brasília.

“Aceitamos o desafio do Fórum Nacional que nos convocou para essa Conferência mesmo que em pouco tempo para trazer a sociedade à pensar na Educação em nível de país e construir propostas”, disse a coordenadora do Fórum Municipal da Educação, Lucia Ramos.

A secretária municipal da Educação, Adriana Tumissa, avaliou o encontro como um momento único para traçar novos caminhos para a Educação. “Essa hora foi para legitimar as propostas e diretrizes para o ensino em Itabuna e no país”, afirmou.

A palestra de abertura foi ministrada pela professora do Departamento de Ciências da Educação da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Emilia Peixoto Vieira. Ela falou sobre o papel da Política de Estado pensando na Educação como direito humano e no socioambiental. “Esse é um tema de suma importância por causa das catástrofes que Itabuna viveu nos últimos anos, como a enchente que destruiu escolas e a pandemia da Covid 19, que limitou o acesso à Educação”, disse Emília Vieira.

Para a coordenadora da Conferência, entre os maiores desafios da Educação está a diversidade e a valorização do ensino e do financiamento. “Essa valorização não diz respeito somente ao salário do professor. Mas, a infraestrutura das escolas de modo geral. O professor sozinho não consegue muitos avanços”, avalia Lúcia Ramos.

A professora da UESC, Emilia Peixoto Vieira, disse também que a escola precisa estar no centro das discussões para construir um plano de Estado. Ela ressalta que é necessário envolver não só os professores, mas a comunidade e os alunos. “A Educação é um direito humano e não só um processo de aprendizagem”.

A secretária Adriana Tumissa lembra que a Educação em todo o país tem arestas que precisam ser solucionadas, o que se repete na Educação municipal. “É necessário alfabetizar as crianças no tempo certo, entregar o conteúdo com responsabilidade e cuidar dos professores”, disse.

A coordenadora do Plano Municipal da Educação, Marisa Aguiar, explicou que o Plano Nacional em vigência termina em 2024, o que exige encontros preparatórios para a construção do novo Plano. “É uma iniciativa que traz todas as políticas públicas relacionadas ao ensino e Educação com justiça social” finalizou