A final da fase nordeste do 1º Campeonato Nacional de Futebol Indígena acontece neste sábado (15), no Estádio de Pituaçu, praça esportiva que sedia diversas competições de base e do futebol baiano ao longo do ano. A Seleção Indígena Pataxó, representante baiana, enfrenta o Kambiwá, de Pernambuco, às 10h.

As equipes nordestinas se classificaram por meio das seletivas que aconteceram entre os dias 16 e 18 de junho, envolvendo 23 equipes, em duas sedes. No sul da Bahia, com jogos em Porto Seguro, na aldeia Barra Velha, em Pau Brasil e em Santa Cruz Cabrália, 14 equipes disputaram a fase classificatória. A Seleção Indígena Pataxó, de Coroa Vermelha, goleou o Boca da Mata Futebol Clube por 5×2 para disputar o título contra o Kambiwá, de Ibimirim, que venceu a final da seletiva pernambucana na cidade de Pesqueira, que contou com nove equipes, contra a Seleção Guarani Kariri Xocó, de Alagoas, por 4×2.

Com a abertura da final às 9h30, no estádio administrado pela Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), que concedeu o espaço, a competição é considerada a maior da história do futebol indígena brasileiro pelos organizadores, a União Nacional Indígena (UNL) e a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer).

O torneio, que segue as regras oficiais da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Federação Internacional de Futebol (FIFA), prossegue com as demais etapas ao longo do ano: no Sudeste, em julho; no Sul, em agosto; no Centro-Oeste, em setembro; e no Norte, em outubro. Já nos dias 25 e 26 de novembro, os cinco campeões disputam o título nacional no Estádio Bezerrão, em Brasília.

“O 1º Campeonato Nacional Indígena contará com mais de 2,7 mil atletas das cinco regiões do país, todos se enfrentando regionalmente, sendo que o vencedor de cada região participará da final em Brasília, na grande decisão em novembro. Este evento é de grande importância para o Brasil, pois promove e fomenta o esporte, a cultura, o lazer e a inclusão social dos nossos povos indígenas”, afirma a secretária Nacional de Esportes, Cultura e Lazer Social da Conafer, Aline Leocádio,

As partidas buscam a autonomia dos povos indígenas brasileiros por meio do apoio ao esporte entre as nações originárias, resgatando a tradição do futebol praticado em seus territórios. Com isso, é possível dar visibilidade às causas indígenas, fortalecer o conceito de coletividade, promover a saúde e a sociabilidade entre os jovens indígenas e incentivar o desenvolvimento de jovens atletas em âmbito nacional com a prática desportiva.