A senhora Juçara Feitosa nos telefona na tarde desse domingo para relatar o incidente que ocorreu na Hit Music Bar, em Salvador, envolvendo seu filho Tárcio Feitosa numa acusação de repasse de moeda falsa.

A iniciativa surgiu depois que este blog publicou nota em que relaciona a maioria dos golpes envolvendo dinheiro falso a jovens da classe média ("Onças paraguaias rondam por Itabuna"), e citava a confusão em que Tárcio Feitosa se meteu, em Salvador. Ele acabou detido na última quinta-feira, sob acusação de haver tentado pagar a conta em uma boate com dinheiro falsificado. A referência ligaria, na visão de Juçara, um caso ao outro.

Juçara afirma que seu filho pagou a conta na boate, onde estava com um amigo, com notas de valores diferentes das que foram apresentadas por um garçon, que fez a acusação. Além disso, parte da conta ainda foi quitada com cartão de crédito. O valor passado à casa não necessitava de troco, mas o tal garçon chegou logo em seguida ao pagamento com várias notas de 100 reais e com um troco.

O rapaz então falou que não pagara com cédulas daquele valor e que a quantia fora exata, não tinha troco, e ainda que não passara notas falsas. Depois disso, o filho dela e do deputado Geraldo Simões disse que seria melhor resolver aquilo com a presença da polícia. Chamou a PM que, em vez de ouvi-lo, foi direto à gerência, e já voltou com a determinação de levá-lo preso. Juçara conta que na delegacia, o caso foi repassado para a polícia federal.

O dia já amanhecia e o rapaz não pudera dar sequer um telefonema, para pedir socorro aos pais. Ela disse que a autoridade policial federal teria dito que "era preciso pegar por ‘aqui’ as pessoas que passam dinehiro falso’, o que seria um pré-julgamento.

Por fim, Juçara acredita que o caso possa ter sido uma "missa encomendada", por se tratar de um filho de um político conhecido que, naturalmente, possui muitos adversários em todos os lugares. E disse que o advogado da família está cuidando da situação, e que "algumas revelações do caso sugerem conotações políticas envolvendo o episódio".

P. S.: Relendo o texto, agora pela ótica que nos foi sugerida pela mãe do rapaz, entendemos que o que escrevemos poderia, sim, ser interpretado por alguns como uma associação do seu filho ao perfil dos passadores de dinheiro falso em Itabuna – jovens, classe média, frequentadores de barzinhos.

Nada nos foi pedido, apenas ouvimos o desabafo de uma mãe. Porém, acreditamos que seria justo refazer o texto citado, extinguindo passagens que pudessem suscitar pré-julgamentos a quem quer que fosse. Pedimos desculpas aos leitores e aos possíveis atingidos pelo que escrevemos.

O Editor