Não, o título dessa nota não remete a alguma candidatura feminina nas próximas eleições municipais. Trata-se de uma referência de quanto tempo muitas mulheres itabunenses, vítimas de violência, precisam esperar para a realização de audiências na Delegacia Especializada de Apoio à Mulher (Deam).

Como a delegacia só conta com uma delegada, Ivete Oliveira, as queixas registradas contra agressores são triadas de modo que as de menor potencial ofensivo fiquem em segundo plano para as apurações.

São os casos de agressões verbais entre vizinhos, por exemplo. Audiências na delegacia, para oitivas de vítimas e agressores estão sendo marcadas apenas para 2012, alguns casos para o mês de junho do próximo ano. Daqui a 13 meses.

Os casos de agressão física, flagrantes, brigas entre cônjuges, com risco eminente de recidivas, esses são investigados antes. Mas, a falta de apoio à delegacia da mulher pode ser um estimulador da violência de gênero, algo que a sociedade deve repudiar sempre.