As cervejarias artesanais baianas “pipocaram” nos últimos três anos e o mercado local segue em expansãoDe acordo com o 1º Censo das Cervejarias Independentes Brasileiras do Sebrae, fora das regiões que lideram a produção (Sul e Sudeste), a Bahia é o estado com maior número de micro indústrias (3%) do país. Quem deseja empreender no ramo já conta com o MBA em Gestão e Tecnologia Cervejeira do SENAI CIMATEC, único do Norte/Nordeste.

O curso é voltado para pessoas – com nível superior em qualquer área de formação – interessadas em ingressar no segmento de produção de cerveja artesanal e que não detêm o conhecimento necessário ou para empreendedores que vislumbram, no mercado cervejeiro, uma oportunidade de negócio.

 “Somos ó único da região nos moldes da Escola Superior de Cerveja e Malte, de Blumenau (SC). Contamos com laboratórios de microbiologia, ensaios físico-químicos e planta industrial cervejeira, com capacidade para 100L de brassagem e quatro fermentadores”, conta o coordenador da Pós-Graduação do Centro Universitário SENAI CIMATEC, Carlos César.

Mercado – Boa parte das cervejarias baianas, cerca de 20, estão em municípios próximos a capital, 16 delas só em Lauro de Freitas, considerado o polo cervejeiro do estado.  “As pessoas foram tomando gosto e querendo experimentar o diferente, foram adaptando o paladar.  O resultado é que o mercado vem crescendo e a Bahia acompanha a tendência apontada pela Associação Brasileira de Cerveja Artesanal – Abracerva, cujos dados mostram um aumento de 20 a 30% ao ano da indústria cervejeira”, explica a coordenadora do MBA, Letícia Rodrigues.

Um estudo da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) mostra que a venda de bebidas alcoólicas – incluindo cervejas, vinhos e destilados – caiu 9,6% no País de 2014 a 2018, passando de 15 bilhões para 13,6 bilhões de litros. No mesmo período, porém, o volume de cervejas especiais vendido no Brasil cresceu mais de 238%, subindo de 55,6 milhões para 188,2 milhões de litros.

Neste mercado, a formação é um dado importante.  Dos quase 500 empresários que responderam ao 1º Censo das Cervejarias Independentes Brasileiras do Sebrae, a maioria (81%) já realizou curso sobre tecnologia e/ou produção cervejeira e 50% tem curso de pós-graduação. “Com o aumento da concorrência, a profissionalização torna-se fundamental, além do diferencial de cada produto e custo operacional equilibrado”, pontua Letícia.