A mobilização acontece no Brasil e em várias cidades do exterior, reunindo milhares de pessoas que sairão às ruas vestindo laranja, a cor dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Mulheres.

O Grupo Mulheres do Brasil, por meio do seu Núcleo em Itabuna, alinhado à iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), que este ano completa três décadas de mobilização internacional, convoca toda a sociedade a se unir por uma causa que diz respeito a todo mundo: o fim da violência contra mulheres e meninas.

E é com esse intuito que realiza a Caminhada pelo Fim da Violência contra as Mulheres, dia 5 de dezembro, a partir das 9h, em vários pontos do país, como também no exterior com ações alusivas ao tema. Ao todo, mais de 40 cidades devem participar desta grande mobilização.

Em Itabuna a caminhada terá concentração no Posto Petrobrás (Jardim do Ó). O percurso iniciará na avenida cinquentenário, segue até a praça Camacan, passa pela ponte do Marabá, até chegar a Alameda da juventude.

 

Violência doméstica – uma pandemia dentro da pandemia

As estatísticas da violência contra as mulheres são alarmantes. Segundo a ONU, cerca de 70% das mulheres sofrem algum tipo de violência ao longo da vida, apenas por causa de seu gênero. A violência de gênero é considerada pela organização uma pandemia global.

“O fato se agravou ainda mais no período de enfrentamento à Covid-19, quando muitas mulheres sentiram na pele uma pandemia dentro da outra, a da violência. Isto escancara o fato de que, para muitas mulheres, estar em casa não significa estar num lar, pois a violência acontece exatamente dentro de casa”, explica Wandressa Souza, uma das líderes do núcleo Itabuna do Grupo Mulheres do Brasil.

De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o início da pandemia trouxe uma situação dramática para as mulheres que ficaram confinadas em casa com seus agressores: os números de denúncias diminuíram. Isto significa que as mulheres não conseguiam pedir ajuda, apesar do aumento considerável dos casos de violência doméstica. Dados do órgão revelam que em 2020 foram registrados 1350 feminicídios no Brasil, um caso a cada seis horas e meia.

Segundo o Ministério da Família, houve um crescimento de 6% para os casos de feminicídios, e de 34% para denúncias do canal 180, neste último ano, comparado com o mesmo período do ano passado.

O aspecto econômico exerce forte impacto na vida das mulheres, especialmente no que diz respeito ao rompimento do ciclo de violência.

Segundo Luiza Helena Trajano, presidente do Grupo Mulheres do Brasil, será uma grande mobilização que colocará nas ruas a voz de todas as pessoas, pedindo um basta aos índices inaceitáveis da violência contra mulheres e meninas.

“Durante a pandemia, a violência contra as mulheres cresceu 20% nas cidades brasileiras, não podemos assistir a isso passivamente. Temos que mudar essa realidade urgente, é a união de toda a sociedade por uma causa global”, conclui a executiva.

A Caminhada pelo Fim da Violência contra as Mulheres, em Itabuna tem o apoio da Comissão da Mulher da OAB, Secretaria de Segurança e Ordem Pública, Secretaria de Trânsito, Secretaria de Educação, Grupo Apoie Uma Mulher, Associação Comercial e Empresarial de Itabuna, Feitiba, CDL, Ômega Contabilidde e New Bike.

 

SERVIÇO:

CAMINHADA PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES E MENINAS

Data: dia 5 de dezembro de 2021

Horário: às 9h

Local: Posto Petrobrás (jardim do Ó).