Entre 18 de julho, data em que chegou para dar à luz, e 20 de agosto, quando finalmente pôde retornar para casa, Sabrine Oliveira enfrentou dias difíceis, de altos e baixos com a pequena Marina, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio (HMIJS), em Ilhéus. Nesse período, ela se sustentou na fé e na confiança na equipe de profissionais da unidade.
Com um quadro delicado de diabetes gestacional, Sabrine viu, após o parto, a filha ser imediatamente transferida para a UTI para tratar de uma anoxia — deficiência de oxigênio no cérebro, comum em diagnósticos como o dela.
Longe de casa, mas não sozinha
Natural de Piraí do Norte, município a cerca de 180 quilômetros de Ilhéus, Sabrine e o marido, Mateus, encontraram na equipe do hospital o apoio de que precisavam para seguir firmes e confiantes na cura e na alta hospitalar da filha. “Tive um atendimento maravilhoso, apoio de psicólogos, fisioterapeutas, médicos, enfermeiros, equipe da assistência social. A todo momento iam lá no quarto saber como eu estava”, elogia.
A convivência com a sua realidade e a de outras mães inspirou-a a fazer uma promessa: caso saísse com a filha totalmente recuperada, faria todo o percurso da alta nos corredores do hospital de joelhos. Ontem, emocionada, Sabrine pôde, finalmente, cumprir o prometido.
Comemoração
“Saímos bem, com ela viva, sem sequelas. Felizes e emocionados”, disse. Para Sabrine e Mateus, a terceira filha do casal é um milagre da vida.
Única maternidade 100% SUS do sul da Bahia, o Materno-Infantil é uma obra do Governo da Bahia, gerido pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF-SUS). Possui 105 leitos para obstetrícia, partos normal e de alto risco, além de pediatria clínica e UTIs pediátrica e neonatal. A unidade já ultrapassou a marca de 11 mil partos e é a única do estado habilitada pelo Ministério da Saúde para atendimento especializado aos Povos Indígenas.