O Tribunal do Júri em Itajuípe condenou, na noite desta quarta-feira, 1º, Anderson Gonçalves dos Reis, 27 anos, e Alex de Paula Silva, 26 anos, acusados de matar três mulheres e duas crianças, no dia 3 de março de 2007, no Sítio Vontade de Deus, em Itajuípe. Alex de Paula foi condenado a 100 anos e 8 meses de prisão. Já Anderson Gonçalves teve uma sentença maior, de 102 anos e 4 meses, pois tinha ligação com as vítimas.

As vítimas, Ediane Duarte Souza, 40 anos, Geisa Silva dos Santos, 25, e Leidelaura da Paz Santos, 26, foram mortas a facadas e a golpes de enxada. As crianças José Américo Duarte Souza, 5 anos, filho de Ediane, e Pedro Henrique Santos Cruz, 2, filho de Geisa, foram afogadas em um tonel, no fundo da casa.

O julgamento do acusado de ser o mandante, o técnico em dutos da Petrobras José Américo dos Reis Filho, 56, amante de Ediane Duarte e pai do garoto José Américo, foi adiado para 15 deste mês, a pedido da promotoria. O crime foi considerado triplamente qualificado no assassinato das duas crianças, e duplamente qualificado para as 3 mulheres.

Participação negada – Orientados pelos advogados Carlos Rocha e José Raimundo de Souza, os dois acusados negaram participação na chacina.  Alex e Anderson, que nos quatro primeiro interrogatórios confessaram o crime, disseram que, no momento da tragédia, faltou energia e eles estavam trancados no quarto com as duas crianças. “Ouvimos gritos, mas não vimos quando dois homens entraram e mataram Ediane, Geisa e Leidilaura”, afirmaram.  Ainda segundo Alex e Anderson, os assassinos seriam ligados a José Américo Reis, mas não disseram porque apenas eles foram poupados.

Segundo o promotor, Yuri Lopes que defende a tese de homicídio triplamente qualificado, a chacina está esclarecida. Os autores contaram com detalhes como tudo aconteceu ao delegado do caso, Nelis Araújo. Anderson afirmou que aceitou matar, porque José Américo prometeu estabilizar a vida dele e de Alex, e recuperar seu emprego na Petrobras. Ele foi demitido, por ter assinado indevidamente um documento da empresa, a mando do próprio Américo, que também teria dito que ia arrumar um advogado e que nada aconteceria aos dois.

Informações do A Tarde On Line