O lançamento da coleção Faces do Brasil, no último dia 15, foi um dos eventos mais importantes já realizados em Brasília, com abordagem da temática etnicorracial. A opinião foi compartilhada por dirigentes de órgãos públicos federais ligados à luta pela igualdade racial (Seppir e Conapir), instituições estaduais (conselhos da Igualdade Racial de vários estados) e entidades nacionais do movimento negro e indígena, representantes de religiões de matriz africana, de quilombos e de mulheres.
A coleção é editada pela Editora Ética, empresa que abraçou o movimento e que promove ações de afirmação desses setores da sociedade, com a oferta de livros didáticos, paradidáticos e técnicos, como é o caso dessa coleção, que já está disponibilizada para professores, escolas e instituições ligadas à educação em todo o país através do site da empresa (www.editoraetica.com.br).
O próprio lançamento, na sede da Fundação Cultural Palmares, em Brasília, mostrou a importância da ação. O evento foi prestigiado por cerca de 200 pessoas, que representaram um amplo leque dos setores da luta organizada pela igualdade racial no Brasil. A coleção Faces do Brasil iniciou composta por 42 livros, de 39 autores, de várias partes do país, e deve receber novos títulos em breve.
Opção social
“Essa é uma ação que mostra a visão e a opção social da editora. Oportunizar a publicação desses autores, que são os guerreiros da luta racial de hoje, como foram os grandes heróis do passado, é garantir que essa guerra seja vencida, um dia, a partir da arma mais eficaz nesse tipo de combate: a educação e o conhecimento. Tenho dito que participamos de um momento importantíssimo da história do Brasil, que é o da revolução pela educação. Posso dizer que somos atores, junto com todos esses parceiros, desse movimento revolucionário”, destaca o diretor da Editora Ética, Ângelo Carvalho.
Ele faz questão de reverenciar a liderança da professora Jacy Proença nesse projeto, o que garantiu a ampla participação de autores, professores e pesquisadores da temática. “Jacy Proença tem papel fundamental nesse projeto. Ela mostrou que é possível uma empresa comercial atuar de maneira efetiva na construção de um país livre desse mal que é a desigualdade e a discriminação racial”.
Convite
O executivo faz questão de agradecer a todos os que acreditaram nesse projeto, a exemplo dos 19 autores, da própria Jacy Proença e da Fundação Cultural Palmares. “A fundação que é referência nacional na promoção da igualdade racial nos abriu a porta e garantiu a credibilidade do evento como um marco para todo o país. Hoje, qualquer autor que deseja publicar sua obra como forma de contribuição nessa luta sabe que pode contar com uma casa que é sua. A Editora Ética está de portas abertas”, finaliza Ângelo Carvalho.
