Por Domingos Matos

Nesse domingo (1), serão concluídos os atos da Eleição 2016, pelo menos no que diz respeito à posse dos declarados eleitos e diplomados para exercer seus mandatos. Antes da posse do prefeito declarado eleito Fernando Gomes, tomarão posse do mandato os vereadores eleitos e reeleitos, para, logo em seguida, elegerem a Mesa Diretora da Câmara. Aí é onde reside a chave do que será o próximo período administrativo em nosso município.

Supondo que o prefeito Fernando Gomes não sofra nenhum revés por conta de suas pendências judiciais, o que levaria, em determinados casos, a uma queda da chapa – prefeito e vice -, caberá ao comando do Legislativo determinar o ritmo do que entra na pauta das discussões e votações no Parlamento. Isso é muito. Basta lembrar o que aconteceu com a presidenta Dilma em 2016. Coube a Eduardo Cunha a decisão de acatar e determinar a tramitação do pedido de impeachment da mandatária e o resultado todos conhecemos.

Pois bem. O ideal na democracia seria que o Executivo e o Legislativo estivessem de fato separados, mas trabalhando harmonicamente. Mas a democracia também é a ditadura do voto. Assim, pedir que vereadores ávidos por "poder" pensem no quanto teriam de poder se fossem – como sistema, não como individuos – independentes do Executivo seria pedir demais.

O que queremos dizer é que os vereadores tem a chance de se fazerem poderosos no domingo, na medida em que escolham sua presidência de maneira autônoma. Que entendam a primeira lição do Parlamento: ser da base aliada do Executivo não significa dar a ele – Executivo – as rédeas do Poder que representam.

Nada os impede de serem aliados do prefeito, mas não precisam entregar a própria dignidade no primeiro ato. Está provado na história que algum equilíbrio se faz necessário.

Que a força e a sabedoria estejam com vocês!

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