Maria José Gonçalves

Não sou comentarista política, mas sempre gostei de observar, ouvir, assimilar e aprender. Tenho acompanhado as notícias e vejo que os acontecimentos que abalam o meio político brasileiro, são de grande importância, no entanto não devemos esquecer que estamos em ano eleitoral municipal, e os problemas da nossa cidade são muitos e igualmente preocupantes e por isso, não é possível ignorar o que se passa em Itabuna, principalmente diante de uma administração arruinada, trapalhona, sem rumo.

Como moradora de Itabuna e que acompanha de perto essa gestão, posso dizer que parece que a mesma não se preocupa em acertar. Pelo contrário, os anos foram passando e não vi ninguém colocando ordem na casa. Vejo muitos profissionais capacitados, em condições de ajudar, no entanto, parecem terem se acomodado em seus cargos e deixaram as coisas rolarem e terminaram por tirarem proveito da situação. São muitos que preferem arrumar uma "boquinha” para o filho, a esposa, para os cabos eleitorais, os amigos, e acabam transformando a Prefeitura em uma ‘República Familiar’, do que lutar pela melhoria administrativa da cidade.

Para agravar a situação, temos uma gestão marcada por graves denúncias de desvios de conduta e roubos de aparelhos hospitalares, e no cargo um prefeito que parece não ter a mínima condição de gerenciar uma cidade com o porte de Itabuna. Para completar esse cenário caótico, a omissão é generalizada. Em verdade, poucos se manifestam, poucos se posicionam.  Podemos ver que a situação da cidade piora a cada dia, e não existe luz no fim do túnel. Parece uma estagnação contagiosa, porque ninguém demonstra ter interesse em resolver as coisas, em melhorar a situação. Quem anda por Itabuna fica impressionado com o estado em que se encontra a cidade, pessoas desiludidas com os políticos, comercio parado, sujeira pela cidade, os bairros abandonados, a saúde despreparada e as escolas sucateadas.

Não existe na cidade um evento que aglomere o povo, acabaram-se as festas de largo, parece que estamos jogados "às moscas". Muitas promessas foram feitas na época da campanha, no entanto nada foi cumprido, até o momento nada concreto aconteceu, e o povo está decepcionado, desacreditando que alguém possa reverter esse quadro, o que põe em xeque as novas eleições. Os candidatos que pleiteiam o cargo de prefeito nas eleições de 2016 precisam estar imbuídos de muita persistência e coragem, para enfrentar uma massa que já não acredita em promessas eleitorais.

Psicóloga