Pacientes do Hospital de Base que sobrevivem aos procedimentos e às enfermidades, passam por outra prova de resistência logo após o operatório: o risco de infecção hospitalar. Pior. Risco de infecção por lençóis que simplesmente ‘duram’ ao menos uma semana nas camas.

A solução, sugerida pelos funcionários, é que os que quiserem lençóis limpos, os tragam de casa. “Para não ver minha esposa adquirir uma infecção hospitalar, trago nossos lençóis de casa. Nem sei se a lavagem doméstica é suficiente para combater bactérias, mas é melhor do que um pano sujo por uma semana”, relata um acompanhante angustiado.

No início da atual gestão do Hospital de Base, no início desse ano, foi deflagrada uma campanha de arrecadação de lençóis pela Associação Comercial de Itabuna, a pedido do atual diretor, José Leopoldo dos Anjos. A deficiência era de 1.500 peças, mas não se sabe se o itabunense atendeu ao chamamento, uma vez que não foram divulgados resultados da campanha.

Era uma tentativa de suprir, emergencialmente, uma demanda nunca dantes comentada pelo ex-diretor, Antônio Costa, o Costinha, que a todos dizia que por lá, tudo ia às mil maravilhas. Mesmo quando denunciou falcatruas no seu feudo, desdisse em seguida – relembre a “denúncia” aqui.

O problema dos lençóis vem de longe, mas já se passaram 90 dias das promessas de solução. Já estamos no período da tolerância.