Após vários dias escondido da Polícia, foi encontrado morto, com um tiro na região da cabeça, na manhã de hoje, o empresário Eugenildo Almeida Nunes, dono de uma rede de postos de combustíveis, com sede em Ubatã. Ele estava sendo investigado pelo Ministério Público Estadual, suspeito de aliciamento de menores estupro de vulnerável (veja abaixo, texto da assessoria do MP).

A Polícia Civil esteve no local onde ele foi encontrado. Um manuscrito atribuído ao empresário informa local e data da morte (Ubatã, 2 de abril). Seu nome estampou inúmeras publicações em sites e diversos meios e veículos de comunicação nos últimos dias.

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Operação é deflagrada no sul da Bahia contra empresário investigado por exploração sexual de meninas carentes

Aparelhos eróticos, lingeries, lubrificantes e armas foram apreendidos na manhã de hoje, dia 30, durante a Operação Cilada, deflagrada pelo Ministério Público estadual no município de Ubatã, no sul da Bahia, próximo às cidades de Ilhéus e Itabuna.  Realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública e Policia Civil, a operação busca obter novas provas contra empresário da região investigado por “explorar sexualmente meninas de famílias carentes, fazendo promessas e oferecendo dinheiro, presentes, e até mesmo casa e emprego para a sua família, em troca de favores sexuais”.

A operação cumpre mandados de busca e apreensão nos endereços profissional e residencial do empresário e também mandado de prisão temporária expedido pela Justiça contra o investigado, a pedido do MP.  Segundo o Gaeco, a investigação realizada até o momento demonstra que o empresário “praticou estupro de vulnerável de pelos menos duas adolescentes, irmãs, filhas de funcionário de uma de suas empresas, pelo período de dois anos, quando as vítimas tinham 15 e 13 anos”.  As vítimas apresentaram ao MP vídeos de relações sexuais com o investigado e relataram que sofreram ameaças de morte para não o denunciar.

Conforme o Gaeco, o empresário utilizou seu poder econômico na região de Ubatã para inibir que vítimas e testemunhas colaborassem com as investigações, por meio de ameaças de demissão de funcionários de suas empresas ou oferecendo compensação financeira.