Pacientes estão, nesse momento, inconformados com o atendimento disponibilizado pela Santa Casa de Misericórdia de Itabuna. E não estamos falando do Hospital São Lucas, hors concours em mau-atendimento. E, quando dizemos “nesse momento”, a expressão não se refere apenas ao instante em que essa nota é redigida, às 15h30min desse sábado (11). É agora e será, por um longo tempo, a qualquer momento em que alguém venha a ler esse post.

Mas o caso de hoje parece ser mesmo dos mais graves. Desde as 8 horas há pacientes aguardando por um médico, no Pronto Atendimento – só para pacientes e convênios particulares – e o profissional não dá as caras. Também não manda ninguém embora, nem pede que outro médico o substitua. Apenas remarca, segundo os funcionários, o horário de sua chegada ao local de trabalho, o que nunca ocorre.

Porém, se for ver, não são apenas os pacientes que sofrem com a atual gestão daquele complexo de hospitais que tem título de filantropia e tudo o mais. Os trabalhadores, até hoje, não viram a cor do salário de novembro. A data mais próxima disso ocorrer será na sexta-feira (17), quando a direção prometeu quitar o mês anterior. Passando da metade do mês de dezembro, montando na data-limite para o pagamento do 13º salário.

No caso dos trabalhadores, pelo menos há quem os defenda, tanto que o sindicato da categoria, o Sintesi, já planeja um ato na porta do Hospital Calixto Midlej Filho para a próxima semana. Mas, e os usuários? Quem os defende?

Só a título de informação: a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) diz que a Santa Casa de Itabuna recebe, todo mês, uma santa grana do governo do estado. Seria, nas palavras do secretário Jorge Solla, o maior repasse do interior do estado e o segundo de toda a Bahia.

É de se perguntar: o que ocorre com a Santa Casa de Itabuna?