Em entrevista aos apresentadores Samuel Celestino e Mário Freitas, no programa Bahia Notícias no Ar, o superintendente regional da Polícia Federal, José Maria Fonseca, falou sobre a Operação Carcará e os desdobramentos que a investigação terá para prender os demais envolvidos no esquema.
“Espero que seja a primeira de várias operações.A investigação da Policia Federal (PF), junto com a Controladoria Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal, teve início em 2009, quando descobrimos que uma companhia, que hoje tem o nome de Atual, fraudava a empresa que fornecia merenda para escolas do interior. A verba era desviada e depois distribuída entre os envolvidos”, explica.
Fonseca disse também que o principal responsável pela “organização”, Edson Santos Cruz, “fazia os contatos com os prefeitos para desviar a verba da merenda. E, de acordo com uma pesquisa da CGU, uma média de R$ 60 milhões foram retirados dos cofres públicos”, ressaltou.
Entre os cinco prefeitos presos pela Operação Carcará da Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (10), está o gestor de Lençóis, Marcos Airton Alves Araújo (PR). Além dele, estão grampeados os alcaides de Aratuípe, Antônio Miranda Silva Júnior (PMDB); Cafarnaum, Ivanilton Oliveira Novais (PSDB); Itatim, Raimunda Silva dos Santos (PSDB), e de Elísio Medrado, Everaldo Caldas (PP).
Segundo informou o delegado da PF, Cristiano Sampaio, todos foram incriminados por provas materiais. Outro dois, inclusive o prefeito de Sapeaçu, George Vieira Gois (PP), que sumiu da sua cidade, devem ser capturados até o fim do dia.
