Sertão Vivo posiciona a Bahia como referência global em resiliência climática

por Redação
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Com ações que vão desde a implantação de tecnologias de acesso à água até o fortalecimento da agroecologia, o Projeto Sertão Vivo, lançado pelo Governo do Estado, neste sábado (28), em Itiúba, firma a Bahia como um dos estados com políticas mais robustas no enfrentamento à crise climática no semiárido brasileiro.

Mais do que levar assistência técnica e infraestrutura hídrica para 300 mil pessoas, em 49 municípios, o Sertão Vivo, que é executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), é um compromisso do Estado com a permanência digna no campo, com foco em juventude, mulheres, comunidades tradicionais e povos originários.

Para o diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, o Sertão Vivo é uma resposta firme e sensível à convivência com a seca. “Viver no semiárido não é resistir à seca, é aprender a dialogar com ela. Com esse projeto, viabilizamos oportunidade para quem mais precisa. Estamos levando água, fortalecendo sistemas produtivos e semeando esperança em cada canto do interior baiano”, declarou.

A Bahia será pioneira ao conectar políticas ambientais e sociais em um mesmo projeto. O diferencial do Sertão Vivo está em sua abordagem integrada:
água, produção e conhecimento. Segundo Kamilla Ferreira, coordenadora do projeto, a proposta é transformar realidades com base em soluções sustentáveis. “Promovemos práticas agrícolas que respeitam os saberes locais e investimos em educação contextualizada. Isso significa afirmar que o semiárido pode e deve ser um lugar de vida com dignidade e autonomia para quem vive nele”, afirma.

 

O projeto nasce de uma parceria entre o Governo da Bahia e o Governo Federal, com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e do Fundo Verde do Clima. São investimentos voltados para a garantia de renda, segurança alimentar e gestão comunitária dos recursos naturais.

A diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, destacou a importância da atuação conjunta entre governo, municípios e comunidades. “Vamos enfrentar quatro grandes desafios: a pobreza rural, a crise climática, a produção de comida saudável e a restauração da Caatinga. E a Bahia está mostrando ao mundo que é possível fazer isso de forma articulada, gerando renda e emprego”, afirmou.

O projeto também conta com a parceria técnica do FIDA. Para a analista do Fundo, Alessandra di Giacomo, o Sertão Vivo é fundamental, diante do agravamento da crise hídrica. “Cada vez mais, o semiárido está árido. Precisamos garantir segurança alimentar e a permanência sustentável da agricultura familiar. E, sem o envolvimento direto do Governo da Bahia, esse projeto não seria possível”, destacou.

O Sertão Vivo é mais que um projeto: é um novo capítulo na convivência com o semiárido.

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