Chocolat Festival em Ilhéus gera R$ 20 milhões em negócios e impulsiona chocolates de origem do Sul da Bahia

por Redação
0 comentários 5 minutos para ler

O Chocolat Festival Bahia, promovido pela MVU Empreendimentos com o apoio do Governo da Bahia, no Centro de Convenções de Ilhéus, se consolidou como o maior evento de cacau e chocolate da América Latina, com impactos na economia regional e impulsionando o surgimento de novas marcas, que fazem do Sul do Estado, um polo chocolateiro que vem conquistando mercados no Brasil e no Exterior.

Uma história de empreendedorismo e visão de futuro. Em 2009, na primeira edição, eram 13 estandes, 7 doados ocupados por doceiros de Ilhéus e Itacaré, e os outros 6 vazios. Chocolate de origem mesmo só havia um, o Chocolate Caseiro de Ilhéus, do saudoso pioneiro Hans Schaeppi. Os números deste ano dão a dimensão do importância do evento para a economia sul baiana: 260 expositores, mais de 500 marcas de produtos, com cerca de 200 produtores de chocolate de origem, R$ 20 milhões em negócios, 50 palestrantes, chefs e conferencistas do Brasil e Exterior, 80 mil visitantes e 100% de ocupação hoteleira.

 

“O Chocolat Festival nasceu com a missão de valorizar toda a cadeia do cacau, do produtor ao chocolate premium, passando pela cultura, sustentabilidade e inovação. Ele vai além de ser uma vitrine de produtos e é é uma ferramenta de desenvolvimento, de reposicionamento no mercado internacional e de fortalecimento da economia de base produtiva. É um movimento que transforma territórios, estimula o turismo e conecta o pequeno produtor ao mercado global”, afirma Marco Lessa, idealizador do evento.

O Governo do Estado teve uma presença marcante no Chocolat Festival, através das secretarias de Desenvolvimento Rural, Agricultura, Educação, Trabalho, Emprego e Renda e Turismo, com ações estandes da agricultura familiar, economia solidária, produção de cacau de qualidade, valorização do turismo regional e uma minifábrica de chocolate dos Centros Estaduais de Educação Profissional-CEEPs.

“O Governo do Estado trabalha a produção de cacau e seus derivados, associada ao turismo. Nós estruturamos um produto, que é a Estrada do Chocolate, e esse festival é a celebração dos bons resultados que temos alcançado. Os produtores têm a oportunidade de expor marcas qualificadas e premiadas, em meio a uma programação cheia de atrações, que incrementa o fluxo turístico”, afirma o secretário de Turismo, Maurício Bacelar.

UMA JANELA PARA O MUNDO DO CHOCOLATE
A programação incluiu atrações culturais, cinema temático, palestras, rodada de negócios, oficinas para crianças, debates e o Cacao Summit, que se consolida como um dos fóruns globais mais relevantes sobre o futuro da cadeia do cacau. Para os produtores de chocolate de origem da Bahia e outros estados, agentes de turismo, empreendedores e empresários de diversas áreas, o Chocolat Festival é um excelente instrumento para a consolidação das marcas e ampliação dos negócios.

“Participo desde o primeiro festival e pude acompanhar e participar do crescimento do evento, que se transformou no maior festival da América Latina. O êxito é tão grande que apenas na abertura deste ano vendemos o triplo dos quatro dias de 2024”, afirma Henrique Almeida, do Chocolate Sagarana, que lançou o primeiro gelato de chocolate de origem durante o festival.

“Esse festival é uma maravilha, para empresas familiares como a nossa. É o primeiro ano que estamos com estande próprio. Começamos aqui em 2022, com apenas quatro versões de hoje já chegamos a 13 versões de chocolate. É uma visibilidade fantástica”, afirma Isaias Alves, da Chocolate Tombador, que mantém a empresa com a esposa Genilda Vieira e as filhas Bianca e Júlia, com cacau da Fazenda Saudade.

“A cada ano o Chocolate Festival ganha uma dimensão ainda maior. É uma vitrine para a consolidação da nossa marca, possibilitando não apenas a venda direta, mas também novos negócios com fornecedores”, ressalta Leilane Benevides, da Benevides Chocolates, que lançou um inovador chocolate combinando cacau com o baianíssimo acarajé.

 

“A gente faz questão de estar presente no festival, que é a casa do chocolate de origem e uma janela para o Brasil e outros países. Temos o orgulho de ser uma marca de Ilhéus que hoje mantém uma base de comercialização na Europa e isso se deve muito à visibilidade que esse evento proporciona”, afirma Carine Assunção, do Chocolate Natucoa.

Josivaldo Dias, gerente comercial da Bahia Cacau, marca da agricultura familiar, afirma que “a nossa avaliação é muito positiva, porque além das vendas dos nossos chocolates, essa é uma celebração da nossa cultura. A cada ano, avançamos na conquista de novos mercados e isso nos incentiva a investir em qualidade e inovação”. Este ano, a Bahia Cacau aproveitou o festival para lançar novas embalagens de seus chocolates.

Produtores de outros estados, como o Pará, também tem no festival ilheense uma oportunidade de bons negócios. Sarah Brogni, do Ascurra Chocolate, destaca que “participamos há seis do Chocolat Bahia e é uma história de expansão. Iniciamos com oito produtos e hoje a nossa fábrica já conta com mais de trezentos produtos. É um momento especial, nesse contato direto com o consumidor.

Vilomar Simões, empreendedor de turismo, afirma que “o Chocolat Festival tem uma importância muito grande para Ilhéus e toda a região Sul da Bahia, mostrando ao mundo todo o nosso potencial na produção de cacau e chocolate de origem e para o turismo, atividade que vem se expandindo a cada ano. Com uma programação diversificada e centenas de produtos em exposição, além de atividades culturais, o festival se torna cada vez mais atrativo”.


CHOCOLAT FESTIVAL BAHIA

Realizado pela MVU Empreendimentos, o projeto tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia, conta com as parcerias do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Turismo (SETUR), Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE), Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (SEAGRI), Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Bahiater, assim como do Governo do Estado do Pará através da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (SEDAP) e o Funcacau, Prefeitura de Ilhéus, Unicafes BA, Ceplac, Centro Estadual de Educação Profissional do Chocolate Nelson Schaun, Associação do Turismo de Ilhéus (Atil), Costa do Cacau Convention Bureau, IF Baiano – Campus Uruçuca, Biofábrica da Bahia e Associação dos Produtores de Cacau (APC).

Deixe um comentário

* Ao utilizar este formulário, concorda com o armazenamento e tratamento dos seus dados por este website.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Veja também

O BLOG que não desafina.