A polêmica envolvendo o cantor e pregador Moreno em Cristo, impedido de continuar uma pregação na Praça Camacã, em Itabuna, ganhou novos desdobramentos nesta quarta-feira (10). Depois da repercussão do vídeo nas redes sociais, a Prefeitura decidiu afastar preventivamente o agente de fiscalização que aparece na abordagem e abriu uma apuração interna para esclarecer o caso.
Nas redes sociais, Moreno em Cristo relatou que foi surpreendido pela ação do fiscal e disse que realiza evangelizações em espaços públicos há cerca de dez anos. O pregador afirmou ainda que “sabe o que aconteceu”, dando a entender que, na visão dele, a situação foi além de um simples ato de fiscalização e acabou impedindo a continuidade da pregação.
O secretário municipal da Sesop, Humberto Mattos, também comentou o episódio em um vídeo divulgado durante a madrugada. Ele admitiu que o fiscal “talvez tenha sido descortês” ao se dirigir ao artista, mas alegou que a ação fazia parte da rotina de fiscalização da pasta. Segundo Humberto, o Ministério Público tem cobrado uma postura mais rígida do município em relação ao uso de equipamentos sonoros em áreas públicas — o que inclui a exigência de alvará específico para esse tipo de atividade.
Ainda de acordo com o secretário, o impedimento ocorreu porque o pregador utilizava uma caixa de som sem a autorização exigida para eventos sonoros na praça. Mesmo assim, ele reconheceu que a abordagem poderia ter sido conduzida de maneira mais adequada.
A Prefeitura reforçou que não admite práticas que possam ser interpretadas como intolerância religiosa e destacou que a liberdade de crença é um direito garantido pela Constituição. O município também afirmou que pretende esclarecer todos os detalhes do episódio para evitar situações semelhantes.




