O Chocolat Festival Bahia, promovido pela MVU Empreendimentos com o apoio do Governo da Bahia, no Centro de Convenções de Ilhéus, se consolidou como o maior evento de cacau e chocolate da América Latina, com impactos na economia regional e impulsionando o surgimento de novas marcas, que fazem do Sul do Estado, um polo chocolateiro que vem conquistando mercados no Brasil e no Exterior.
Uma história de empreendedorismo e visão de futuro. Em 2009, na primeira edição, eram 13 estandes, 7 doados ocupados por doceiros de Ilhéus e Itacaré, e os outros 6 vazios. Chocolate de origem mesmo só havia um, o Chocolate Caseiro de Ilhéus, do saudoso pioneiro Hans Schaeppi. Os números deste ano dão a dimensão do importância do evento para a economia sul baiana: 260 expositores, mais de 500 marcas de produtos, com cerca de 200 produtores de chocolate de origem, R$ 20 milhões em negócios, 50 palestrantes, chefs e conferencistas do Brasil e Exterior, 80 mil visitantes e 100% de ocupação hoteleira.
“O Chocolat Festival nasceu com a missão de valorizar toda a cadeia do cacau, do produtor ao chocolate premium, passando pela cultura, sustentabilidade e inovação. Ele vai além de ser uma vitrine de produtos e é é uma ferramenta de desenvolvimento, de reposicionamento no mercado internacional e de fortalecimento da economia de base produtiva. É um movimento que transforma territórios, estimula o turismo e conecta o pequeno produtor ao mercado global”, afirma Marco Lessa, idealizador do evento.
O Governo do Estado teve uma presença marcante no Chocolat Festival, através das secretarias de Desenvolvimento Rural, Agricultura, Educação, Trabalho, Emprego e Renda e Turismo, com ações estandes da agricultura familiar, economia solidária, produção de cacau de qualidade, valorização do turismo regional e uma minifábrica de chocolate dos Centros Estaduais de Educação Profissional-CEEPs.
“O Governo do Estado trabalha a produção de cacau e seus derivados, associada ao turismo. Nós estruturamos um produto, que é a Estrada do Chocolate, e esse festival é a celebração dos bons resultados que temos alcançado. Os produtores têm a oportunidade de expor marcas qualificadas e premiadas, em meio a uma programação cheia de atrações, que incrementa o fluxo turístico”, afirma o secretário de Turismo, Maurício Bacelar.
UMA JANELA PARA O MUNDO DO CHOCOLATE
A programação incluiu atrações culturais, cinema temático, palestras, rodada de negócios, oficinas para crianças, debates e o Cacao Summit, que se consolida como um dos fóruns globais mais relevantes sobre o futuro da cadeia do cacau. Para os produtores de chocolate de origem da Bahia e outros estados, agentes de turismo, empreendedores e empresários de diversas áreas, o Chocolat Festival é um excelente instrumento para a consolidação das marcas e ampliação dos negócios.
“Participo desde o primeiro festival e pude acompanhar e participar do crescimento do evento, que se transformou no maior festival da América Latina. O êxito é tão grande que apenas na abertura deste ano vendemos o triplo dos quatro dias de 2024”, afirma Henrique Almeida, do Chocolate Sagarana, que lançou o primeiro gelato de chocolate de origem durante o festival.
“Esse festival é uma maravilha, para empresas familiares como a nossa. É o primeiro ano que estamos com estande próprio. Começamos aqui em 2022, com apenas quatro versões de hoje já chegamos a 13 versões de chocolate. É uma visibilidade fantástica”, afirma Isaias Alves, da Chocolate Tombador, que mantém a empresa com a esposa Genilda Vieira e as filhas Bianca e Júlia, com cacau da Fazenda Saudade.
“A cada ano o Chocolate Festival ganha uma dimensão ainda maior. É uma vitrine para a consolidação da nossa marca, possibilitando não apenas a venda direta, mas também novos negócios com fornecedores”, ressalta Leilane Benevides, da Benevides Chocolates, que lançou um inovador chocolate combinando cacau com o baianíssimo acarajé.
“A gente faz questão de estar presente no festival, que é a casa do chocolate de origem e uma janela para o Brasil e outros países. Temos o orgulho de ser uma marca de Ilhéus que hoje mantém uma base de comercialização na Europa e isso se deve muito à visibilidade que esse evento proporciona”, afirma Carine Assunção, do Chocolate Natucoa.
Josivaldo Dias, gerente comercial da Bahia Cacau, marca da agricultura familiar, afirma que “a nossa avaliação é muito positiva, porque além das vendas dos nossos chocolates, essa é uma celebração da nossa cultura. A cada ano, avançamos na conquista de novos mercados e isso nos incentiva a investir em qualidade e inovação”. Este ano, a Bahia Cacau aproveitou o festival para lançar novas embalagens de seus chocolates.
Produtores de outros estados, como o Pará, também tem no festival ilheense uma oportunidade de bons negócios. Sarah Brogni, do Ascurra Chocolate, destaca que “participamos há seis do Chocolat Bahia e é uma história de expansão. Iniciamos com oito produtos e hoje a nossa fábrica já conta com mais de trezentos produtos. É um momento especial, nesse contato direto com o consumidor.
Vilomar Simões, empreendedor de turismo, afirma que “o Chocolat Festival tem uma importância muito grande para Ilhéus e toda a região Sul da Bahia, mostrando ao mundo todo o nosso potencial na produção de cacau e chocolate de origem e para o turismo, atividade que vem se expandindo a cada ano. Com uma programação diversificada e centenas de produtos em exposição, além de atividades culturais, o festival se torna cada vez mais atrativo”.
CHOCOLAT FESTIVAL BAHIA