Operário atropelado durante obra entre Ilhéus e Itabuna morre dois meses após o acidente

O acidente aconteceu em 2 de setembro, em um trecho que conecta a BR-415 à BA-963. O trabalhador, que atuava como sinaleiro, foi atingido por um carro em alta velocidade. O motorista está em liberdade. A família pede justiça

por Redação
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Morreu na manhã de ontem (2), no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, em Itabuna,  o operário Horley Sousa Silva, de 56 anos, vítima de um atropelamento ocorrido há dois meses, enquanto trabalhava nas obras do semi-anel rodoviário que liga Ilhéus a Itabuna, no sul da Bahia.

O acidente aconteceu em 2 de setembro, em um trecho que conecta a BR-415 à BA-963. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o trabalhador, que atuava como sinaleiro, foi atingido por um carro em alta velocidade. O veículo chegou a arrastá-lo por alguns metros antes de ele cair na pista.

Horley foi socorrido em estado grave por testemunhas e levado pelo Samu ao Hospital de Base de Itabuna, onde permaneceu internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Ele havia passado por cirurgia após sofrer traumatismo craniano, mas não resistiu às complicações e aguardava transferência para Salvador, onde passaria por outros procedimentos cirúrgicos e uma plástica.

O motorista responsável pelo acidente, Rodrigo Gama de Almeida, de 31 anos, fugiu sem prestar socorro. Segundo a Polícia Civil, ele havia desrespeitado o esquema “pare e siga” implantado na via por conta das obras. Para o coordenador regional da corporação, Evy Paternostro, as imagens do atropelamento indicam que o condutor agiu de forma consciente ao furar o bloqueio.

“O motorista passa pelo ponto de parada, retorna e avança mesmo vendo o trabalhador à frente. Ele acelera e atinge a vítima, que é lançada para o alto”, detalhou o delegado, ainda em setembro.

Gama foi preso no dia 7 de outubro,  após se apresentar no Complexo Policial de Itabuna, acompanhado de um advogado. Na época, ele era alvo de um mandado de prisão temporária pelo atropelamento e era considerado foragido. O suspeito passou por audiência de custódia e chegou a ser transferido para o Conjunto Penal de Itabuna, mas dias depois, em 12 de outubro, foi posto em liberdade, após um habeas corpus concedido pela Justiça.

A morte de Horley causou profunda comoção entre familiares, amigos, colegas de trabalho e moradores da região, que lembram dele como um homem dedicado, pai amoroso e um profissional sempre comprometido com a segurança e o andamento das obras. Nas redes sociais, mensagens de pesar lamentam a tragédia e pedem justiça.

O corpo do operário foi sepultado na manhã desta segunda-feira (03), no Cemitério Campo Santo.

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