Na manhã desta sexta-feira (25), a Praça Adami, no centro de Itabuna, foi palco de uma manifestação em defesa da soberania nacional e de apoio ao Plebiscito Popular por Justiça Social, que vem sendo realizado em todo o país.
O ato reuniu representantes de sindicatos, movimentos sociais e entidades populares que denunciaram medidas recentes do governo norte-americano e cobraram mudanças estruturais no Brasil. Uma das críticas mais contundentes foi dirigida ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e abriu investigação sobre práticas comerciais do país — com foco no comércio digital, numa referência direta ao uso do sistema PIX, ferramenta amplamente utilizada pela população brasileira.
Além do protesto contra interferências externas, os manifestantes destacaram a necessidade de mobilização nacional em torno do plebiscito popular, que propõe uma série de medidas voltadas à promoção da justiça social no Brasil.
Entre as propostas defendidas estão:
Fim da jornada de trabalho 6×1, considerada exaustiva e desumana por movimentos sindicais;
Taxação de grandes fortunas, a partir de rendimentos superiores a R$ 50 mil mensais;
Isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, aliviando a carga tributária sobre a classe trabalhadora.
Durante o ato, foram distribuídos panfletos com QR Code, que direcionam os interessados para o site da votação popular, facilitando o acesso à consulta pública que busca pressionar o Congresso Nacional a debater e adotar as pautas propostas.
Mobilização ampla e plural
A manifestação foi organizada por um amplo coletivo de entidades sindicais e sociais. Estiveram presentes representantes da CTB, UJS, Frente Brasil Popular, FETAG, Sindicacau, Sindborracha, SintraSuper, Sintratec e APLB Sindicato, além dos sindicatos dos Comerciários, Bancários de Itabuna e Ilhéus, Servidores Municipais de Itabuna, Canavieiras, Pau Brasil e Ibicaraí, e dos Metalúrgicos de Ilhéus e Região, entre outros.
Segundo os organizadores, o ato marca um momento importante de resistência popular e reafirma o compromisso dos movimentos com um projeto de país mais justo, soberano e democrático.
“Estamos nas ruas para dizer que o povo brasileiro não aceita retrocessos nem interferência de governos estrangeiros. E também para mostrar que é possível construir outro caminho, com justiça tributária, direitos trabalhistas e soberania”, destacou uma das lideranças presentes.