Para discutir, socializar e se atualizar sobre organização e inovação do sistema produtivo da mandioca, teve início na terça-feira (25) e segue até esta quinta-feira (27), o II Workshop da Cadeia da Mandiocultura no Oeste baiano: Organizar e Inovar para Avançar.

O evento é realizado pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), conta com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e Superintendência Baiana de Assistência Técnica (Bahiater). A transmissão aconteceu pelo Youtube Engenharia Agronômica UNEB.

O primeiro dia do workshop contou com a participação de Eduardo Duarte, assistente territorial do Bahia Produtiva, projeto executado pela CAR. Ele apresentou os investimentos e as estratégias do projeto em relação à mandiocultura da região oeste.

Estão sendo investidos R$5 milhões, beneficiando cerca de 300 famílias de agricultores familiares nos municípios de Angical, Wanderley e São Desidério, com ações como construção de casa de farinha, unidade de processamento de derivados da mandioca, máquinas e equipamentos, além de ações de acesso ao mercado. Os agricultores também contam com assistência técnica.

Segundo Duarte, há cinco anos não se falava de mandioca na região: “Hoje, já se tem esse desenho e daqui a cinco anos vamos ter produção e volume suficientes, pois aqui tem terra, água no subsolo e todas as condições naturais necessárias para aumentar a escala de produção. O Bahia Produtiva está fomentando e estimulando o aumento dessa produtividade com seus beneficiários”.

O workshop contou também com a participação do presidente da Cooperativa de Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves (Coopatan), Juscelino Macedo, que falou sobre as dificuldades encontradas até os dias de hoje, em que a cooperativa é referência para outras do segmento e trabalha com o beneficiamento da mandioca e da banana. A cooperativa, localizada no município de Presidente Tancredo Neves, está recebendo recursos da ordem de R$2,5 milhões, por meio do Bahia Produtiva: “Mesmo com a pandemia, a Coopatan triplicou o faturamento comparado ao mesmo período do ano passado. Tivemos aumento de venda da farinha e do beiju. Com o apoio que tivemos, modernizamos nossa base produtiva e a agroindústria, com a aquisição de equipamentos e apoio à logística, a construção de uma indústria de goma, e, com isso expandimos novos mercados”.

Participaram pesquisadores, consultores, professores, estudantes, agricultores e empresas públicas e privadas.