Forró, sofrência e romantismo “esquentam” a última noite do Ita Pedro

por Redação
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A combinação de forró, sofrência e romantismo marcou a última noite do Ita Pedro – O maior São Pedro do Brasil, realizada ontem domingo (29), na Arena Zé Cachoeira, em Itabuna. Mesmo com o frio típico do inverno e uma leve garoa, o público permaneceu firme na festa, embalado por grandes atrações e repertórios cheios de emoção e animação.

Os últimos raios de sol se despedia , dando lugar ao crepúsculo, quando o cantor Cristiano Diferenciado e banda deram início aos primeiros acordes do samba Trovão, composição de Dilsinho e Munir.

“Não me leve a mal/ Brigas de casal, como as nossas, todo mundo tem / Se é pra te esquecer como eu vou viver / Se eu só tenho você e mais ninguém /Não tenho nada além de amor pra te dar /Mas trouxe flores se quiser ficar”, dizia o refrão. De mansinho o público foi ocupando espaços da arena para o que seria a consagração do Ita Pedro, que ganhou mais uma noite nesta quarta edição frente às três anteriores.

Na sequência, foi a vez de Léo Freitas fazer o seu show com um repertório variado, com canções românticas para se apaixonar e mix sertanejo. Ele abriu espaço para a dupla sertaneja baiana formada por André Fontoura e Mauro que se conheceram em Salvador e começaram a tocar juntos por diversão, mas a paixão pela música os levou a atuar e se profissionalizar com os nomes artísticos de André & Mauro.

A noite de domingo do inverno estava encantadora e o público tinha crescido exponencialmente quando a “prata da casa” entrou em cena: Lordão. Nascida como “Lord Ritmos”, na década de 1960, tendo na sua formação original Mimide, Filemon, Jou Carlos e Kokó´, denre outros artistas, passou a Lordão, em 1972, e não parou mais de crescer, conquistar mercados e se fixar como uma banda de baile reconhecida na Bahia e no Brasil.

“Dance que o Lordão garante – Forró Elegante (Nino, 1998), Conto de Fadas (Beto Caju., 2010), Vá dizer para ela e Dois corações em um (Olivério Leal e Beto Caju, 2021), Carente de Amor (Cláudio Padilha), A Pegada do Coroa (Eder Maciel) e É Tão Bom se Apaixonar (Emerson Mozart, 2022) são alguns dos hits consagrados do seu repertório que embala gerações e a cada dia conquista ainda mais o público jovem.

No palco, a homenagem a Kokó do Lordão, como era conhecido o músico, cantor e compositor, Clóvis Leite, foi inesquecível. Um dos atuais cantores da banda lembrou que o seu nome de Kokó está eternizado no palco permanente da Praça Otávio Mangabeira, recém-inaugurada pelo prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD).

Dona de um sorriso contagiante, a cantora baiana Cris Lima encantou o público com hits como piseiro,forró e outros ritmos e estilos. Na entrevista, nos bastidores, antes de subir ao palco falou de sua emoção em se apresentar ao público do Ita Pedro – O maior São Pedro do Brasil e revelou que traz o forró no seu DNA, já que é filha de sanfoneiro e tem o nome do pai tatuado no braço. “Fico arrepiada em falar disso”, derreteu-se a Cheirosa, como é chamada pelos fãs.

Considerado um dos responsáveis pelo crescimento da popularidade do piseiro, variação da pisadinha com batida mais rápida e proposta de dança solo,Vitor Fernandes rolou seus sucessos no palco e mostrou o porque recebeu o título de “Rei do Piseiro”. Mas também trouxe arrocha e outros gêneros como forró.

O pagode e o samba tomaram conta do Ita Pedro com Dilsinho e banda que animaram o público no mais genuíno gênero musical do país. Ao longo de cerca de 1h30min de show pessoas de todas as idades sambaram a valer a demonstrar que a grade de atrações do Ita Pedro alcançou todos os gostos e estilos, embora sem deixar de tocar o forró que teve como expoente o cantor Dorgival Dantas que mais uma vez apresentou suas canções, homenageou Luiz Gonzaga com vários sucessos do velho Lua, o Rei do Baião.

As últimas atrações para fechar com estrondoso sucesso o Ita Pedro – O maior São Pedro do Brasil que neste ano homenageou o sanfoneiro Vavá dos Oito Baixos, nome artístico de Sebastião Moraes, natural de Caruaru (PE), cuja contribuição à cultura forrozeira de Itabuna, cidade onde viveu foi reconhecida. Primeiro, se apresentou Natanzinho Lima, e por último, Boyzinho, quando apareceram as primeiras luzes do alvorecer de segunda-feira, dia 30.

Mais de 326 mil pessoas passaram pela arena durante os quatro dias de festa, segundo estimativa da Polícia Militar.

 

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