A Polícia Civil da Bahia pediu mais 30 dias para finalizar a investigação sobre o triplo homicídio ocorrido em Ilhéus. O pedido, apresentado no sábado (15), coincide com os três meses do crime, que segue sem solução definitiva.
As vítimas — Alexsandra Oliveira Suzart, 45 anos; Maria Helena do Nascimento Bastos, 41; e Mariana Bastos da Silva, 20 — foram encontradas mortas em 16 de agosto, em uma área de mata próxima à Praia dos Milionários, um dos principais pontos turísticos do município. Elas apresentavam diversas perfurações por arma branca.
Dias após o crime, um homem identificado como Thierry Lima da Silva, foi preso e confessou ter matado as três durante uma tentativa de assalto. Apesar da confissão, a polícia ainda trabalha com a possibilidade de participação de outras pessoas. O avanço da investigação depende da conclusão de laudos periciais pendentes.
Esta é a segunda prorrogação concedida à corporação. Em setembro, a Justiça autorizou a extensão do prazo por 60 dias, o que empurrou a conclusão do inquérito para novembro. Agora, a polícia alega que ainda há análises importantes em andamento, incluindo a revisão de cerca de 700 vídeos que podem ajudar na reconstituição da dinâmica do crime. O material está sendo examinado pelo Instituto de Criminalística Afrânio Peixoto, em Salvador.
A população pode colaborar com informações por meio do Disque Denúncia da SSP-BA (181), com garantia de sigilo.
Relembre o caso
Alexsandra e Maria Helena eram amigas, vizinhas e trabalhavam em escolas municipais. Mariana, filha de Maria Helena, cursava Engenharia Ambiental. As três moravam próximas à Praia dos Milionários e costumavam frequentar o local.
No fim da tarde de 15 de agosto, elas saíram para passear com o cachorro de Mariana. Imagens de câmeras de segurança mostram as três caminhando pela areia antes de desaparecerem. Os corpos foram encontrados no dia seguinte, o que gerou comoção na cidade e motivou protestos por justiça.
Thierry Lima da Silva foi detido em 25 de agosto por tráfico de drogas e, durante a audiência de custódia, admitiu o triplo homicídio. Também relatou ter matado o próprio companheiro em outro episódio.
Apesar da confissão, não foram encontrados vestígios genéticos dele nas vítimas nem nas facas apreendidas. Segundo peritos, a ausência de DNA não elimina a possibilidade de participação.
