Durante uma sessão especial remota da Câmara de Vereadores de Itabuna, nesta quinta-feira, 18, que debateu sobre políticas públicas para o cuidado e proteção da mulher, vítima de violência doméstica e familiar, a Associação Comercial e Empresarial de Itabuna (ACI) apresentou ações de fomento ao empreendedorismo que estão sendo desenvolvidas através do núcleo de mulheres, como alternativa de amparar aquelas que estão em vulnerabilidade social.

De acordo com dados da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher OAB-Itabuna, que prestam orientação às mulheres vítimas de violência na cidade, somente de janeiro a junho deste ano foram realizados 500 registros de ocorrências. Os dados preocupam a população e os órgãos institucionais da cidade que têm se empenhado na busca de alternativas para essas mulheres.

Ao longo de um (1) ano, mulheres de diversos segmentos sociais estiveram engajadas através do programa Empreender, desenvolvido pela entidade empresarial, em parceria com a Faceb, o Sebrae e o Mesb na promoção de cursos, capacitações e eventos voltados para fomento à independência financeira. Ações como essas, fortaleceram a adesão feminina para a busca pelo empoderamento e ainda estão juntas influenciando outras mulheres.

A iniciativa bem sucedida da ACI pode ser aplicada às mulheres que sofrem violência, como uma alternativa de resgate da sua autoestima e independência financeira a partir do fomento ao empreendedorismo. De acordo com a coordenadora do núcleo de mulheres, a advogada Soraia Vasques destacou que “a ideia é abrir um caminho para que a mulher tenha autonomia financeira para o sustento pessoal e de seus filhos, deixando de depender da ajuda financeira do agressor”.

A advogada Wandressa Sousa representou a ACI e falou de campanhas a nível nacional que estão sendo realizadas por grandes empresas no combate a violência contra a mulher e que podem ser adaptadas à realidade local. “Maria Luiza Trajano implantou o botão do pânico e farmácias de várias cidades do Brasil implantaram a campanha sinal vermelho. A promotora de justiça Gabriela Mansur teve como  programa “tem saída” lei que foi publicada em maio deste ano, que visa o estímulo à integração de mulheres vítimas de violência ao mercado de trabalho”.

Instituições

Participaram da reunião, os vereadores Júnior Brandão e Jairo Araújo; a advogada Larissa Motinho; as advogadas Aline Gomes e Andrea Peixoto, representantes da Comissão de Direitos da Mulher – OAB Itabuna; o coordenador da Polícia Civil de Itabuna, André Aragão; representantes da Secretaria de Assistência Social de Itabuna, Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (SPM-BA), Polícia Militar da Bahia, Comissão de Direitos Humanos.