Com muita indignação e revolta que recebemos o posicionamento da Sociedade Brasileira de Reumatologia com relação aos projetos de atendimento preferencial aos Fibromialgicos por todo o país.

O parecer técnico publicado infelizmente vai de encontro a realidade de milhares de portadores da doença.

A falta de tratamento multidisciplinar pelo SUS compromete sim e muito a funcionalidade, assim como a capacidade laboral do fibromialgico.

Afirmar que existe tratamento multidisciplinar é no mínimo cruel com quem passa seus dias dependendo de remédio, e quando tem condições de comprar.

É cruel afirmar que não há incapacidade e que a Fibromialgia não afeta os membros.
Temos crises que nos impedem de andar, que compromete todo nosso corpo, vivemos a margem da medicina porque VOCÊS até hoje não descobriram a origem, nem tratamento ideal para remissão e muito menos a cura dessa patologia INCAPACITANTE!

A SBR se posicionou contra algo que pela lógica devia defender.

O tratamento multidisciplinar tem que ser conectado, a gente que vá atrás de cada especialidade pelo SUS e na maioria das vezes conseguimos um ou dois. Psicológico zero tratamento, fui no CRAS e ouvi que são dois psicólogos pra mais de 20 mil pessoas. E aí? Como suportar viver com dor sem cuidar da mente?

Conseguiu o Reumatologista, viva! Sai de lá com receita e laudo. E um boa sorte!
Fisioterapia, dez sessões de dez minutos cada e duas vezes na semana. É assim que se trata quem tem todo corpo comprometido pela dor?

A realidade da SBR caberia em outro país com a saúde pública que funcione, mas aqui no país essa realidade é completamente oposta a dos Fibromialgicos que estão fora do mercado de trabalho, sem nenhuma assistência do INSS, sem condições físicas de trabalhar, sendo desacreditados, desestabilizados e sem NENHUM TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR PELO SUS!!!!

Querem que os fibromialgicos sobrevivam como????? Se nem a REUMATOLOGIA acredita nos seus pacientes, o que será de nós, se quem devia nos defender se mostra como carrasco???????

Sônia Elena Amorim de Newman
Presidente da Associação dos Fibromialgicos de Itabuna e região