Alunos do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Santa Cruz protagonizaram um protesto ontem (04), em frente à instituição, pedindo pela contratação de professores. “Queremos explicações sobre os bloqueios na contratação de docentes, uma vez que a verba já foi aprovada. Queremos nos formar”, disparou Letícia Lima da Silva, representante de departamento e colegiado de curso.

Estudantes do Curso de Medicina, que enfrentam os mesmos problemas, se uniram em apoio ao protesto. A falta de professores afeta, sobretudo, os alunos do último semestre, uma vez que estão impedidos de concluírem o curso.

Segundo Letícia, a vaga de professor da disciplina “Cirurgia de Grandes Animais” permanece vazia desde a aposentadoria do último titular, há um ano. A carência de docente acabou inviabilizando o cumprimento da carga horária obrigatória para conclusão do curso.

“Muitos graduandos, inclusive, já estão perdendo oportunidades de emprego pelo atraso gerado. Todos os demais alunos do curso serão afetados pela problemática, mais cedo ou mais tarde, e já temos previsão de mais perda no quadro docente de outras disciplinas, como em Microbiologia”, denunciou Letícia.

Ana Carolina Ribeiro Lima, presidente do Centro Acadêmico Nair Eugenia Lobo (CANEL), informou que a reitoria entrou em contato com a secretaria de administração do governo e aguarda respostas e autorizações, enquanto o colegiado do curso busca por alternativas temporárias de resolução.

“Esperamos que, com a manifestação, os órgãos governamentais responsáveis, em especial a Secretaria de Administração do Estado da Bahia, esclareçam as estratégias para viabilizar a abertura de concursos para contratação de professores”, diz Ana.

A situação crítica de falta de professores na Uesc veio à tona, há algumas semanas, após denúncia dos alunos do curso de Medicina, que também estão impedidos de dar continuidade ao curso.

Com apoio do Diretório Central de Estudantes Carlos Marighella, o principal órgão de representação estudantil da universidade, os alunos de ambos cursos da saúde se unem por soluções emergenciais para diminuir os prejuízos na qualidade de sua formação. “É necessário que as autoridades competentes viabilizem as alternativas para reposição dos professores ausentes, como contratação de professores temporários, entre outras medidas possíveis”, propõe Ana Carolina.