Autor
Domingos Matos
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O PT está com Newton, mas pode cair no colo de Jabes
por Domingos Matos
escrito por Domingos Matos
7 minutos para ler
Walmir Rosário
Desta vez não será muito diferente, apesar dos projetos que dormem nas gavetas de militantes e pretendentes ao cargo de autoridade máxima do município. Eles foram pensados, repensados e elaborados com muitas discussões, contudo, raramente poderão ser executados, por culpa pura e simples dos próprios petistas.
Simplesmente o nome tido e havido como o ideal para ganhar uma eleição “pulou fora do barco” e não admite, sob qualquer hipótese, emprestar seu nome à empreitada: ser candidato a prefeito de Ilhéus. O nome do desistente: Josias Gomes, deputado federal e líder da corrente maioral do PT ilheense, que antes da eleição chegou a alimentar essa esperança, transferindo seu domicílio eleitoral para Ilhéus.
Agora, com as benesses que o cargo lhe dispensa, agraciado que é como um dos representantes, ou “homens de ouro” do todo-poderoso José Dirceu, não admite, sequer, discutir intramuros essa possibilidade. Para ele, simplesmente, melhor seria embarcar num chamado “projeto B”, mantendo os “companheiros” nos cargos disponíveis da administração municipal.
As posições a serem ocupadas serão as mesmas, mas o autor do projeto futuro atende por outro nome: Jabes Ribeiro, do Partido Progressista (PP). Não que considerem o melhor e o mais apropriado para governar Ilhéus, apesar da experiência acumulada em 14 anos em que esteve mandando e desmandando no Palácio Paranaguá, mas o projeto mais viável, tendo em vista as posições nas pesquisas de intenção de voto.
O desembarque do projeto de coligação com o PSB de Newton Lima, que mantém as posições inalteradas, e o embarque no barco de Jabes Ribeiro tem outro propósito: tratar a política ilheense de forma eleitoreira, colocando-o no mesmo balaio de outras cidades baianas. Nas cidades em que o PT vai bem, o PP apoia, mudando as posições de acordo as conveniências.
O futuro da cidade pouco importa para os “caciques” petistas, que não fazem questão de avaliar a construção político-eleitoral executada anos a fio. A contabilidade eleitoral demonstra que a posição tomada pela direção estadual do PT caminha na contramão, ao desprezar a densidade conquistada nas últimas campanhas. Mesmo tendo perdido as duas eleições, o cabedal de votos dos petistas cresceu de 22 para 27 mil votos.
Uma das muitas máximas é que não se faz política olhando para o retrovisor, mas desprezar sua história e seus ganhos acumulados pode levar ao suicídio eleitoral. Ainda mais quando o candidato preferido pelos dirigentes estaduais e nacionais pode nem mesmo viabilizar sua candidatura, caso não seja o ungido pelo governador Jaques Wagner. E esse é o único sustentáculo da pré-campanha de Jabes.
Os argumentos utilizados pelos “caciques” petistas são frágeis e não se sustentam numa simples plenária realizada com a base ilheense. A começar pela aliança com o PSB, adversários da eleição e coligados de hoje, contra qualquer possibilidade da volta de Jabes ao poder. O sentimento da base não admite essa aliança e nem mesmo discute a tese de apresentar um candidato a vice.
O que está em jogo não é o “antijabismo”, até pelo simples fato de haver condições reais de vitória da coligação firmada entre o PT e o PSB, agora, com finalidade administrativa, e política, para o futuro. Entretanto, o cortejo ainda deixa os petistas atônitos, principalmente quando lembrado os conchavos que podem ser feitos por cima, isto é, pelo governador, que pretende ampliar a base de sustentação na Assembleia Legislativa e os prefeitos das maiores cidades do estado.
A verdade é que existe a possibilidade de uma ação feita de cima pra baixo, sempre colocando um militante do PT como vice. E essa estratégia é posta diante da ameaça da candidatura do médico Rui Carvalho, hoje filiado ao Partido Republicano Brasileiro (PRB). Dr. Rui – queira ou não – é um candidato que empolga as bases com suas propostas de romper com o status quo reinante.
Não pode ser descartada a história de Rui Carvalho, mas setores do PT ilheense preferem – e fazem todo o esforço – no sentido de viabilizar uma candidatura própria. Para viabilizar esse voo, pretendem “fazer política 24” horas por dia e conseguir bons resultados nas futuras pesquisas de intenção de voto. Nesse caso, ofereceria ao PSB um lugar honroso na chapa majoritária: o de vice-prefeito, com garantia de duas ou três secretarias.
Quem tem se esforçado para colocar em seu nome na praça é o vereador licenciado e atual secretário da Indústria, Comércio e Planejamento, Alisson Mendonça, ligado ao deputado Geraldo Simões. E quem mais incentiva Alisson é justamente a facção contrária dentro da mesma corrente, liderada por Josias Gomes, diante da indefinição.
Alisson também já angariou a simpatia de seus companheiros e até de correntes mais a esquerda, como a liderada pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, haja vista a cultura petista de ampliar o poder hoje existente. E essa equação é simples: “Se já temos o governo federal e o estadual, porque não o municipal”, ainda mais quando se trata de uma cidade importante como Ilhéus.
Caso persista a ideia dos “caciques” petistas em jogar “goela abaixo” dos “companheiros” de Ilhéus a candidatura de Jabes Ribeiro, por certo haverá grande resistência e possibilidades de intermináveis rachas. Os rachas são previsíveis e poderá beneficiar as candidaturas do PSB e do PRB, que poderão caminhar juntos.
E os “companheiros” estão certos, pois ainda lembram de quando ofereceram o vice para Jabes Ribeiro, após intermináveis juras de fidelidade e amor eterno. Eleitos, o companheiro José Henrique Abobreira foi nomeado secretário da Agricultura e só, somente só. Afinal, quem manda é o prefeito, que detém a caneta e a chave que liga o diário oficial.
Pior do que perder uma eleição é ganhar e não governar.
Walmir Rosário é advogado, jornalista e editor do site www.ciadanoticia.com.br
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Jay Wallace diz que direção da Ceplac será mantida ”até decisão do ministro”
por Domingos Matos
escrito por Domingos Matos
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falando durante o anúncio de que a Ceplac passará a ser incluída, a partir de 2012, na carreira do Ministério de Ciência e Tecnologia, o secretário-geral Jay Wallace da Silva e Mota tentou desfazer rumores sobre eventuais mudanças na Superintendência da Ceplac na Bahia (leia nota abaixo).
“Tudo não passou de mal entendidos, cujos vazamentos geraram notas em jornais. Nos reunimos com colaboradores da Superintendência e reafirmamos o respeito que temos por cada um deles. As coisas foram esclarecidas e as relações estão fortalecidas. Tudo continuará como está até que a situação seja definida pelo novo ministro da Agricultura que, certamente, deverá nomear sua equipe, o que é natural no serviço público, principalmente quando há mudanças de Governo”, explicou.
O superintendente Antonio Zozimo de Matos Costa também explicou a situação: “A Ceplac é muito maior do que todos nós e o desejo é que permaneça atuando por muito tempo, esteja quem estiver na sua direção, inclusive o doutor Jay pela pessoa leal que é. Aliás, nós e ele somos servidores de carreira e sempre estaremos aqui. Quero deixar bem claro que nossa amizade continua sem qualquer arranhão. A Ceplac vislumbra algo muito mais forte para o futuro, com Plano de Cargos e contratação de pessoas e projetos voltados para a lavoura cacaueira”, concluiu.
Do editor
Pelo menos, uma conclusão é possível tirar desses ‘desmentidos’: aos espertos, a esperteza costuma dar o troco. Da tentativa de se fortalecer na Bahia, o secretário-geral Jay Wallace colhe um puxão de orelhas do ministro Mendes Ribeiro Filho. Já foi chamado a dar explicações sobre os arroubos decisórios em Brasília.
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Diretor-médico do Hblem está de saída
por Domingos Matos
escrito por Domingos Matos
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O diretor-médico do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, Antonio Pacheco, está de saída. A notícia, não confirmada pelo demissionário, dá conta de que a culpa é do regime militar imposto pela diretora da Fundação de Atenção à Saúde de Itabuna (Fasi), Gilnay Santana.
A atuação da irmã do coronel Santana, aquele que propôs a dissolução do Conselho de Saúde, estaria impedindo o desenvolvimento de um bom trabalho por aqueles que se preocupam em fazer algo além de criticar as injustiças da política de saúde do estado para com Itabuna.
Haveria, também, uma preocupação com as prioridades da nova gestão: em vez de reduzir o quadro funcional, há sinais claros de que a folha vá inchar nos próximos dias, o que não quer dizer que haverá congestionamento de servidores pelos corredores do Hblem. Há quem jure ter presenciado eventos sobrenaturais próximos à porta do setor de Recursos Humanos que muito bem podem ser confundidos com manifestações fantasmagóricas.
O excesso de ectoplasma que dali flui poderia confundir muita gente, que via na atual gestão do Hblem verdadeiro esquadrão caça-fantasmas. O problema é que, observando o eminente pedido de demissão de Antonio Pacheco, a suposição é que até a nova direção sucumbiu.
Os fantasmas venceram.
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Jay Wallace opera para se manter na direção da Ceplac
por Domingos Matos
escrito por Domingos Matos
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Zózimo teria apresentado sua carta de demissão ao saber, por meio de terceiros, que o secretário-geral iria demiti-lo. Essa operação seria, na verdade, uma tentativa de fortalecimento do próprio Jay Wallace, através de um apoio do PT da Bahia. Eliezer Correia é ligado ao deputado Josias Gomes (PT-BA).
“O secretário-geral está sem apoio em Brasília e quer costurar um apoio inusitado do PT baiano. Sabe-se que o deputado Josias Gomes dá apoio a essa operação e que o outro deputado com influência na Ceplac, Geraldo Simões, foi consultado sobre a mudança, mas se declarou neutro na questão”, afirma uma fonte ouvida pelo blog.
O problema é que essa posse, caso realmente ocorra, é um ato interno, que aguardaria ainda a publicação – ou não – em diário oficial. Pode se tornar, inclusive, um tiro no pé do próprio articulador-geral, Jay Wallace.
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A proposta de orçamento federal de 2012 prevê um salário mínimo de R$ 619,21, informou nesta quarta-feira (31) a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, após entregar o documento para o presidente do Senado Federal, José Sarney.
Com isso, o valor subiria dos atuais R$ 545 para R$ 619,21 a partir de janeiro de 2012, com pagamento em fevereiro. O salário mínimo serve de referência para o salário de 47 milhões de trabalhadores no país. O percentual de correção, pela proposta do governo, será de 13,61%.
No projeto de Lei de Diretrizes Orçametárias, enviada ao Congresso Nacional em abril deste ano, o governo propunha uma correção menor do salário mínimo no ano que vem, para R$ 616,34.
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Walmart instala loja em Itabuna no próximo ano
por Domingos Matos
escrito por Domingos Matos
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O Walmart Brasil, um dos maiores varejistas do país, se prepara para instalar um novo formato de loja em Itabuna. Em 2012, o município deve ganhar uma loja da bandeira Maxxi Atacado.
O anúncio do novo empreendimento será feito nesta quinta-feira, 1º de setembro, às 11 horas, em reunião no gabinete do prefeito José Nilton Azevedo Leal com a presença do representante do Walmart Brasil, Fernando Nogueira, diretor de licenças. A construção da nova loja deve começar ainda este ano.
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Polícia baixa em quatro universidades e apreende ‘xerox’ de livros
por Domingos Matos
escrito por Domingos Matos
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A Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon) realizou operação de busca e apreensão, na sexta-feira (26), para atender notificação da Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR), sobre violação da Lei de Direitos Autorais em copiadoras que funcionam em quatro instituições de ensino superior da capital baiana. As copiadoras estavam descumprindo a lei ao reproduzirem livros inteiros e os disponibilizarem para os estudantes.
Em duas delas, localizadas dentro da Universidade Católica do Salvador (Ucsal), foram apreendidas cópias de vários livros de autores diversos. Em outros dois estabelecimentos, que funcionam no Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge), não foram encontradas cópias prontas, mas, nos computadores apreendidos, os investigadores encontraram cópias digitalizadas de livros inteiros.
Todo o material apreendido foi levado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde será analisado para e elaboração de laudo, que deverá ficar pronto em 30 dias, comprovando se houve realmente violação da Lei de Direitos Autorais. Caso se configure o seu descumprimento, os proprietários das copiadoras, que serão ouvidos ainda nesta semana, serão indiciados pela Decon e processados pelo Ministério Público (MP).
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Ricardo Gomes tem AVC e corre risco de morte
por Domingos Matos
escrito por Domingos Matos
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A operação, que é realizada pelo médico José Antônio Guasti, deve durar cerca de três horas e tem o objetivo de controlar a hipertensão craniana para não danificar o tecido cerebral, o que poderia causar sequelas motoras.
Segundo a assessoria do hospital em que o treinador é operado, o caso é gravíssmo. Clóvis Munhoz, médico do Vasco, admite que há risco de morte. Mas aposta na recuperação de Ricardo, que tem 46 anos.
– Creio que ele vai suportar bem. É uma pessoa forte. Só o fato de ter me reconhecido enquanto pôde e ter tido condições de falar sobre o que estava sentido é muito positivo – afirmou.
Clóvis explicou que a hemorragia provocou um grande coágulo no cérebro. A cirurgia está sendo feita para retirada deste sangue coagulado, reduzindo a pressão cerebral. No momento em que aconteceu a hemorragia, a pressão arterial do treinador era de 19 por 12. O normal é 12 por 8.
Informações Globo.com
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Adylson Machado
Contradições
Certas dietas são reconhecidas como contributivas para o câncer. Entretanto, mundo afora entidades que tratam ou cuidam da doença aceitam recursos de empresas que concorrem para aumento da incidência de câncer.
E fazem campanha, incentivando o nocivo consumo. E consideram “dia feliz” aquele em que as crianças são levadas a aprender a adoecer. Com apoio de escolas e professores.
Análises I
Geraldo Simões tem um argumento forte: Juçara para prefeita é a manutenção de sua vaga na Câmara Federal, para assegurar a representação regional. Sob esse aspecto, sobejas razões. Afinal, deixando a Câmara Federal restaria Josias Gomes, no momento vivendo com GS uma relação tipo “dois bicudos não se beijam”.
O que falta explicar é se somente há Juçara no PT itabunense. Se for argumentado que no momento só há ela, caberia indagar porque a mesma argumentação para 2012 não prevaleceu em 2000, quando GS também era deputado federal.
A conclusão: GS não pensou em ninguém do PT. Só ele ou alguém de sua intimidade.
Análises II
A Justiça Eleitoral em muitos casos ampara-se em decisões políticas (leia-se, Câmaras de Vereadores) ou técnicas (Tribunais de Contas, muitas vezes quando o Conselheiro está a serviço de quem o indicou) não suficientemente enfrentadas em tempo hábil – quando não típicas armações, como no caso dos Capiberibe – e levam gestores a viverem sempre no fio da navalha.
Sob esse prisma, Juçara foi elaborada como uma reserva de luxo, no instante em que pode mostrar trabalho à frente da Secretaria de Bem Estar Social do município de Itabuna, justamente na segunda gestão de GS.
Tirando o sofá
Amigos de GS andam atordoados com suas conversas com Fernando Gomes, iniciadas pelo próprio Geraldo através de Raimundo Vieira. Estão como aquele marido traído e que retira da sala o sofá onde flagrara a traição. Fazer o quê?
Nada a fazer!
Faltando alguma coisa I
O embate sustentado pelo deputado estadual Coronel Santana contra o Conselho Municipal de Saúde de Itabuna não traduz postura democrática, tampouco equilíbrio para construir soluções para a gestão da saúde itabunense.
Atribuir ao CMSI as mazelas por que passa o setor cheira a política de menor alcance. Ao bater no Conselho, como se este fosse causa, por exemplo, da existência de fantasmas no Hospital de Base – fato descoberto por sua própria irmã, que dirige a FASI por sua indicação – o deputado gera uma reação à intolerância com que trata os atuais conselheiros e põe gasolina no fogo como meio de apagá-lo.
Está faltando alguma coisa no gabinete do Deputado: ou bom senso ou conselheiros.
Faltando alguma coisa II
Como dissemos acima, está faltando alguma coisa: ou bom senso, ou bons conselheiros em sua assessoria.
A propósito
Aplaudindo a faxina iniciada com a descoberta dos fantasmas na folha do Hospital de Base a sociedade aguarda os nomes dos beneficiados.
Ainda que isso possa causar “irritações”, não só naquele que percebia 12 mil reais, vinculado a um mangangão da política local, eleito em 2010.
Édson Dantas
Teria alardeado que não apoiaria candidatura petista. Esqueceu-se que a relação entre a cúpula estadual do PSB e mesmo parte da local, está muito vinculada a Geraldo Simões. Para não esquecer, Juçara é suplente de Lídice da Mata. Foi “desautorizado” a falar sobre o tema.
Resta observar, de agora em diante, o que dirá Dr. Édson sobre a sucessão.
FICC
Mal assumiu a FICC já mantém contatos com grupos e movimentos culturais de Itabuna (tarefa insossa para Cyro de Mattos), como o Clube dos Poetas do Sul da Bahia, ACATE, ACODECC.
Inclusive participando da já tradicional “Sopa Cultural”, onde se reúnem para trocar idéias (foto do Blog da Acate).
Ocupando espaços
Certamente só a pessoas de seu círculo íntimo, muito restrito, Geraldo explique a estratégia de aproximar-se de Fernando Gomes. Talvez o pretendesse há muito, se estamos certo em nossa análise. O Centro de Convenções foi o álibi para que a coisa viesse a público. O que teria ocorrido a partir de uma denúncia através do Fantástico da Globo que tratava de obras inacabadas pelo Brasil, dentre elas o CC itabunense, onde considerável soma de recursos públicos já havia sido aplicada – como o disse o deputado em entrevista ao Alô Cidade da TVI no último dia 27.
Superações I
De uma hora para outra o espírito público de GS superou picuinhas provincianas (coisa de cabo eleitoral apaixonado), e descobre a partir da Globo, há pouco, que existiam recursos públicos aplicados no CC.
Sob esse prisma, só elogios a GS.
Apenas temos a considerar, pelo fato em si mesmo, que ocorre de maneira um tanto tardia, uma vez que o CC encontra-se paralisado desde o início da última gestão de Fernando, o que representa quase seis anos.
Superações II
Sob esse aspecto, ainda que elogiosa a “conversão” em reconhecer que uma obra daquele porte precisa ser concluída, temos a considerar que GS também já era deputado federal, e Wagner governador, assim que as obras foram paralisadas quando dependiam dos recursos do Estado.
Nem assim Geraldo se lembrou do Centro de Convenções.
Ainda sob esse ângulo, a iniciativa de Geraldo depois da edição do Fantástico poderia tê-lo sido diretamente ao Governador, visando a conclusão da obra, quando ambos assumiriam a paternidade sem intermediários.
Por que então os contatos com Fernando Gomes, com quem GS não falava desde 1992?
Razões I
Resta então, sob o condão dessa análise, verificar a razão por que de Geraldo se despertar para a importância da conclusão do CC e da iniciativa de entrar em contato com Fernando, através de Raimundo Vieira, para intermediar a viabilização de recursos do Estado para sua conclusão.
Num primeiro momento, aproveita-se da mobilização de uma parcela da sociedade itabunense, dentre ela a de membros da classe artística, que reclama pela conclusão (Eva Lima o fez ao vivo e em cores, no encontro do Pensar Cacau, cobrando-a dos muitos deputados estaduais ali presentes, assim como Ari Rodrigues na matéria do Fantástico), elevando o tema a foros antes não previstos.
Num segundo instante, com a força que tem e a representação de que dispõe, além da circunstância de aliado do Governador, precipita o processo que entende inevitável – a conclusão em si – para afastar outros atores que dela poderiam também se apropriar (deputados estaduais, por exemplo) e que encontrariam bandeira que repercutiria no processo eleitoral que se aproxima.
Razões II
Nesse aspecto, retira dos demais a bandeira, tornando-os – se o desejarem – meros coadjuvantes. E o fez – não há que ser negado – de modo competente, ao buscar a principal pessoa interessada: Fernando Gomes. Antecipou-se aos demais utilizando-se de um “aliado” fundamental.
E desdobra uma estratégia política, inegavelmente sábia. Simplesmente uma grande jogada: a de se aproximar de Fernando, que pode lhe interessar politicamente (acenderia vela para Deus e o Diabo, para garantir seus propósitos eleitorais, já o disse GS), com o discurso de que não o faz por interesse individual seu, mas pelo da coletividade de Itabuna.
Rescaldo
E outro desdobramento se torna imperativo para análise: até mesmo de Fernando Gomes retira o discurso absoluto da existência e conclusão do Centro de Convenções.
Quando nada, deixa-o no contra-pé, preservando a candidatura petista e o Governador do discurso virulento de Fernando Gomes.
Outro fato a ponderar
Particularmente temos que há um singular elemento estratégico na ação de Geraldo: inibir qualquer atuação política de reaproximação entre FG e Azevedo. Que poderia ser um golpe fatal para as pretensões de Geraldo, tendo Juçara como nome do PT para a sucessão.
Não nos esqueçamos de um mistério que paira sobre as pesquisas para 2012, onde somente são ofertados números da rejeição de Azevedo. Nunca mostrados os das intenções de voto em Azevedo nesse cenário de alta rejeição.
Para não esquecer
Outrossim, ainda não há respostas no universo da análise política local para o caso de Azevedo não sair candidato. A hipótese é plausível, tanto por interpretação que a Justiça Eleitoral oferte à circunstância de haver substituído Fernando na condição de Vice-prefeito, como na de rejeição de suas contas pelo Legislativo local.
E nessa circunstância para onde penderia o eleitorado de Azevedo? Dificilmente para o PT, que será vilão com um novo “PT do tapetão” explorado à exaustão.
Aí então, no embate político de 2012, não haveria “inimizade política” mais profunda entre Geraldo e Fernando, visto estar nas mãos do Governo Estadual a efetivação de uma obra que interessa diretamente a Fernando Gomes.
Entrevista nas entrelinhas
Na entrevista concedida ao Alô Cidade da TVI, no sábado 27, marcada pelo critério, de alto nível, de lançar a bola para o entrevistado e deixá-lo à vontade para fazer de embaixadas a gol contra, Geraldo Simões sinalizou algumas situações nas entrelinhas de sua fala:
1. Não atacou quaisquer das administrações de Fernando Gomes, antes o titular de todo “saco de maldades” para com Itabuna, nem mesmo quando o tema Saúde foi aventado;
2. Cabe a Vane tentar o terceiro mandato de vereador dentro do PT, “onde aprendeu a fazer política”. Pelo descaso e ironia com que tratou o tema ou tem como favas contadas a saída de Vane ou esnoba do futuro político do vereador;
3. Fustigou o PCdoB, ao lembrar a candidatura de Davidson Magalhães em 1996, que ficou famosa como “laranja” de FG. A insinuação poderia alimentar o discurso no curso da campanha de que o candidato de PCdo B poderia se tornar um “inocente útil”;
4. Quanto ao PMDB quase manteve silencio, limitando-se a pretendê-lo na base de sustentação de uma candidatura petista para unir forças com vistas à recuperação de Itabuna.
5. Disse não entender a postura de Roberto de Souza, tendo o apoio do vereador ao Prefeito como contraditória em relação à própria família, que estaria no Governo Wagner.
Nesse particular, jogando para a platéia, GS encobre uma verdade: quem sentou com Azevedo não foi um Roberto de Souza isolado, mas o próprio César Borges, o que sinaliza aquilo que já aventamos neste espaço: dificilmente o PT encontrará apoio do PR e do PMDB em 2012 à luz da realidade deste instante.
O que não passa ao largo da visão deste analista é o fato de que Borges e ACM desancavam Geraldo na tribuna do Senado, quando GS, então dirigente máximo da CODEBA, frustrou pretensões carlistas e bastante particulares de César Borges em relação à concessão de um terminal portuário em Aratu, menina dos olhos de Borges.
Bateu o martelo
Como de se esperar – pela forma como conduzia o processo de aproximação iniciado por Geraldo Simões – Fernando Gomes, “em céu de brigadeiro”, bateu o martelo: terá candidato para a sucessão, que não será Azevedo, tampouco Geraldo. Afirmou-o Paulo Lima, na TVI, que ouviu do próprio ex-prefeito. Sinaliza até para a possibilidade de mais um “sacrifício”.
Gáudio para os fernandistas que torciam o olhar para a aproximação. Certamente tristeza para Geraldo, que sonha ver FG fora da disputa para conquistar dissidentes para suas bandas.
Tudo pelo andar da carruagem. No momento.
Sylvia e Sylvinha Telles
A coluna resgata dois ícones da interpretação brasiliana: Sylvinha Telles, morta em 1966, aos 33 anos, em desastre automobilístico, filha da também maravilhosa Sylvia Telles. Duas pérolas de suas interpretações: “O Que Tinha de Ser”, de Jobim e Vinicius, com a filha, e “Estrada do Sol”, de Jobim e Dolores Duran, com a mãe.
Cantinho do ABC da Noite
– Botão, como os outros, nem paga aluguel!…
– Quem é Botão, Cabôco? – pergunta um mais desprevenido, imaginando ser alguém que visite o ABC.
– De camisa, Cabôco.
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Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de “Amendoeiras de outono” e ” O ABC do Cabôco”, editados pela Via Litterarum
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