Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, um dos autores da chacina em um bar, em Sinop, a 504 km de Cuiabá, morreu ontem (22) em confronto com a Polícia Militar. De acordo com a PM, ele foi encontrado em uma área de mata, distante cerca de 15km da cidade, próxima ao aeroporto. No local, houve confronto e o suspeito foi atingido. Ezequias  chegou a ser encaminhado ao Hospital Regional de Sinop, mas não resistiu aos ferimentos.

O comparsa dele, Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, continua foragido e as diligências continuam. Edgar e Ezequias são acusados de matar sete pessoas – entre elas uma adolescente de 12 anos. A chacina aconteceu após os suspeitos perderem uma partida de sinuca.

Segundo informações do G1, uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi enviada para Sinop para atuar nas buscas pelos dois atiradores. Foi feita uma força-tarefa, em conjunto com a Polícia Civil e Militar, para prender os autores do crime.

A Polícia Civil apreendeu, na manhã de ontem, a espingarda calibre 12 mm e a caminhonete usadas no crime. O material estava escondido em uma obra no bairro Vila Verde, no município.

O caso

As câmeras de segurança do bar, palco da chacina, mostram o momento em que um dos homens, com uma pistola, pede para que as algumas das vítimas fiquem de costas, viradas para a parede.

Enquanto isso, o outro suspeito pega uma espingarda calibre 12 mm na caminhonete e chega atirando. As vítimas tentam correr e são atingidas já fora do bar. Após a execução, os homens pegam o dinheiro que está em uma das mesas de sinuca e outros objetos pelo bar e fogem.

Além dos suspeitos, nove pessoas estavam no local. Seis morreram no bar e um homem foi socorrido em estado grave pelo Corpo de Bombeiros. Ele morreu à noite no hospital.

Histórico

Ao G1, a Polícia Civil informou que os autores da chacina têm diversas passagens pela polícia. De acordo com o delegado Bráulio Junqueira, responsável pelas investigações, Ezequias já havia sido preso por porte de arma ilegal, roubo, formação de quadrilha, lesão corporal e ameaça, além de possuir um mandado de prisão em aberto. Já Edgar tem registro por violência doméstica.

Ainda segundo Junqueira, testemunhas relataram em depoimento que o clima no bar estava tranquilo antesdo crime.“Em momento algum, houve discussão ou desentendimento. Aparentemente, estava tudo normal”, disse o delegado.