Um dos pilares da economia solidária, a sustentabilidade é pauta frequente na atuação do Centro Público de Economia Solidária (Cesol) Costa do Descobrimento e Extremo Sul. Com sede na Passarela do Álcool, em Porto Seguro, o equipamento possui um espaço de comercialização de empreendedores econômicos solidários do município e região e discute a implantação de um ecoponto para o descarte adequado do óleo utilizado por empreendedores do setor de alimentos no entorno.

Para viabilizar o pleito, o Cesol se reuniu na última semana com a Bioverde, que trabalha com coleta e reciclagem de óleo de fritura. Fundada em 2018, a empresa com atuação em Arraial D’Ajuda, em Porto Seguro, tem como norte o bem viver e a sustentabilidade e vê na parceria a oportunidade de ampliação dos serviços prestados à comunidade.

“Desenvolvemos ações de educação e conscientização voltadas para a sociedade, além de colaborar com o desenvolvimento e crescimento dos negócios locais. A parceria “providencial” com o Cesol vem somar com os objetivos da Bioverde, uma vez que geram importante contribuição para a comunidade local e os pequenos empreendedores, oferecendo apoio, conhecimento e suporte”, conclui a fundadora, Juliana Paradela.

Ainda não há previsão definitiva da implantação do ponto de coleta, mas o Cesol e a Bioverde buscam estabelecer um plano de ações para colocar a iniciativa em prática o mais breve possível. Para o coordenador geral no Cesol, Karkaju Pataxó, a iniciativa representa um avanço para a economia solidária local. “A parceria do Cesol com a Bioverde trará ganhos, sobretudo para os empreendedores já que o descarte do óleo hoje não é feito de forma correta e com essa união haverá também uma educação ambiental focada no bem comum. Assim, avançamos rumo à qualificação desses empreendimentos para o consequente aumento na renda e qualidade de vida”, avalia.

Em contrapartida para os empreendimentos, a Bioverde oferece canudos e panos de chão biodegradáveis junto aos empreendedores parceiros que já doam resíduos mesmo sem o ecoponto, mas segundo Paradela “a maior recompensa é a social, econômica e ambiental”, acrescenta.