Os alunos da UFSB se queixam de sérias dificuldades relacionadas ao transporte público de Ilhéus. Segundo eles, além dos veículos lotados e depreciados, por diversas vezes o ônibus não passa na porta da CEPLAC/UFSB. Os estudantes afirmam que a linha criada em setembro do ano passado não tem sido regular, mesmo depois do aumento da passagem em cerca de 20%.

Na noite de ontem (02), após o final do período de aulas, os estudantes da UFSB, como de costume, aguardaram o ônibus. Havia 12 pessoas no ponto por volta das 21h20. Entretanto, o grupo informou que o ônibus não passou às 22h00 e os estudantes, entre eles uma gestante, foram abandonados na portaria.

O representante estudantil contatou a garagem por volta das 22h15 e a informação foi de que o ônibus estava quebrado no bairro Salobrinho, mas já estava a caminho. Os contatos se sucederam até as 23h, quando a coordenação explicou que o ônibus responsável por fazer o trajeto daquela linha estava na garagem.

Minutos antes, contudo, o representante estudantil  conseguiu o contato do motorista que, contrariamente, teria informado que ainda estava com o veículo quebrado no Salobrinho.

Na pista escura, os alunos da UFSB se mobilizaram para conseguir voltar às suas casas. Alguns partiram para Itabuna, em casa de parentes e conhecidos, outros acionaram conhecidos para buscá-los, dando carona aos colegas.

Por volta das 23h20, cinco estudantes que restaram conseguiram uma carona solidária até o Salobrinho.

Ao chegarem, se depararam com um ônibus quebrado. “Mas, pelas informações apuradas, aquele ônibus não era o que deveria tê-los buscado”, relatou um dos alunos.

Após muitos pedidos, os colaboradores da empresa acionaram um veículo para levar os estudantes até seus bairros.

Os alunos da UFSB, residentes dos bairros Conquista, Teotônio Vilela e Hernani Sá, chegaram em suas casas por volta das 00h30.

“A cidade de Ilhéus não tem dado prioridade aos diretos de mobilidade urbana dos universitários. Os estudantes da UFSB dos municípios de Canavieiras e Itacaré, por exemplo, possuem mais regularidade na prestação de transporte universitário do que a os residentes de Ilhéus, que é a cidade que mantém o Campus Jorge Amado e seu território, pois dispõe das empresas Rota e Cidade Sol”, denunciou o líder estudantil.

De acordo com o estudante, o secretário de transporte já foi notificado do problema pelos representantes estudantis de todas as instituições de ensino da BR-415.