A insulina análoga de ação rápida está em falta em todas as farmácias do Sistema Único de Saúde (SUS), na Bahia, devido ao atraso de envio do medicamento pelo Ministério da Saúde, segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab).

O medicamento é utilizado por pacientes que têm o diabetes mellitus tipo 1, que é quando o organismo para de produzir esse hormônio. Segundo endocrinologistas, a insulina de ação rápida é encontrada nas farmácias e custa em média R$ 60.

Na Bahia, cerca de 800 pacientes utilizam 2,1 mil canetas por mês e fazem a retirada do medicamento no Centro de Referência Estadual para Assistência ao Diabetes e Endocrinologia (CEDEBA).

O Ministério da Saúde informou que a programação de entrega do segundo e do terceiro trimestres está pendente e disse, na quarta-feira (30), que o agendamento para entrega parcial do quantitativo referente ao segundo trimestre está programado para a próxima segunda-feira (5). No entanto, não há previsão para a entrega do terceiro trimestre.

De acordo com a endocrinologista Odelisa Matos, o medicamento é muito importante no tratamento do diabetes mellitus tipo 1, porque controla a glicemia logo após a ingestão de alimentos.

“Dessa forma, a gente evita que a pessoa com esse tipo de diabetes, ao se alimentar, aumente muito os níveis de glicose no sangue”, diz a especialista.

Odelisa disse ainda que a ausência desse tipo de insulina no tratamento do paciente pode causar a descompensarão da glicemia em níveis muito elevados.

“Isso pode levar a uma das complicações agudas mais comuns nesse tipo de diabetes, que é a cetoacidose diabética, que é uma condição grave que requer tratamento do paciente hospitalizado, muitas vezes na UTI, e pode levar ao coma”, alerta. (Do G1)