O município de Itabuna confirmou ontem (25) o primeiro caso da Febre Oropouche.  Equipes do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Itabuna fizeram a coleta de sangue em 13 pessoas que vivem na mesma área geográfica em que um homem de 24 anos testou positivo para a Febre Oropouche. A doença é transmitida pelo mosquito Maruim.

A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Maristella Antunes, disse que alguns moradores da localidade também apresentaram sintomas. Ela informou que o material coletado será enviado ao Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (LACEN), em Salvador.

O jovem com os sintomas da doença vive em um loteamento na zona rural de Itabuna e teve diagnóstico positivo para a Febre do Oropouche (FO) após apresentar dores de cabeça e musculares e sintomas da doença que se assemelham aos da dengue e chikungunya.

Segundo o Ministério da Saúde, a Febre do Oropouche (FO) é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça (Bradypus tridactylus) capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília.

Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul (Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela).

Dante do aumento da detecção da doença, a Secretaria de Saúde do Estado (SESAB) tem intensificado as ações de vigilância em relação à captura e estudo do mosquito vetor da doença, além de investigação dos casos suspeitos.

Até o momento, 16 municípios do estado da Bahia tiveram ao menos 1 caso confirmado da doença.