A Polícia Federal deflagrou neste domingo (24) a Operação Murder Inc., no interesse da investigação que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. A ação conta com a participação da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro.

De acordo com fontes ligadas à investigação, foi realizada a prisão preventiva de Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, Chiquinho Brazão (União Brasil), deputado federal do Rio, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio. Estão sendo cumpridos ainda 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, todos na cidade do Rio de Janeiro.

Chiquinho Brasão é apontado como um dos suspeitos do crime

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, destacou em uma rede social a importância da Operação para que a justiça encontre as respostas para o crime que já completou seis anos. “Defender a justiça por esse crime, defender a democracia, representa um lado da narrativa que estamos vivendo hoje. Não tem sido fácil esses últimos seis anos. Hoje estamos dando resposta para violência politica, estamos dando resposta pro favelado que votou na Marielle, para as mulheres que colocaram seus corpos a serviço da política”, disse.

“Só Deus sabe o quanto sonhamos com esse dia! Hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos: quem mandou matar a Mari e por quê?”, pontuou a ministra.

A ação conta ainda com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e tem como alvos os autores intelectuais dos crimes de homicídio, de acordo com a investigação. Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.