A categoria se reuniu na última sexta, na sede do SIMPI

Professores da rede municipal de ensino de Itabuna decidiram votar a favor dos sábados letivos, como alternativa para reorganizar o calendário escolar, comprometido desde a última greve, em 2018. Na época, a paralisação durou mais de dois meses e, desde então, tanto professores quanto alunos vinham utilizando o mês de janeiro para reposição de aulas.

A decisão pelas aulas extras ocorreu na sexta-feira (06), quando os educadores se reuniram na sede do Sindicato do Magistério Municipal Público de Itabuna (SIMPI).  Em reuniões anteriores, a categoria chegou a fazer um balanço sobre a carga horária semanal de trabalho do professor e a utilização dos sábados para fins laborais, chegando à conclusão de que as aulas deveriam ser remuneradas com o pagamento de horas extras. No entanto, essa possibilidade foi sido descartada pelo governo municipal em outras discussões. Diante da negativa, os professores resolveram, na ocasião, se posicionarem contra o sábado letivo, já que não receberiam a hora suplementar.

Segundo a professora Carminha Oliveira, presidente do SIMPI, novos pedidos para que o assunto voltasse a ser discutido foram protocolados pelos professores associados, o que resultou na assembleia de sexta (06). Dessa vez, a classe optou pelo sábado letivo, mesmo diante do risco iminente de não receberem nenhum o pagamento pelas horas extras. Alguns fatores foram determinantes para que a categoria chegasse a essa decisão, como a falta de estrutura das escolas em funcionar no mês de janeiro, o desgaste físico e emocional dos alunos, além do calor típico neste período do ano.

“A decisão parte da categoria. A função do sindicato neste momento é dar o suporte necessário e dirigir a assembleia, pois somente quem está na sala de aula sabe os transtornos que estão enfrentando. Nesta segunda (09) iremos encaminhar um ofício à Secretária da Educação informando a decisão e vamos aguardar a apresentação do novo calendário, que deverá ser submetido à apreciação do Conselho Municipal de Educação”, informou a sindicalista.

Campanha Salarial

Além desse assunto, a assembleia marcou o lançamento da Campanha Salarial 2020, cujo tema é: “Meu voto é pela valorização do professor”. Os educadores autorizaram a diretoria do SIMPI a iniciar as negociações com o governo municipal e a defender o reajuste linear de 12,84% integral a toda categoria, além de outras pautas de interesse da classe.

Sete professoras foram escolhidas e deverão representar a base na mesa de negociações junto à Diretoria do SIMPI. São elas: Adila Beatriz, que atua no GEMPEC e na escola Margarida Pereira, representando os professores e intérpretes de LIBRAS; Thays Portela, do Grupo Escolar Amélio Cordier (Fundamental II); Luzia Melo, da Escola Lions Club (EJA); Simone Arquirusal, que trabalha na Escola Roça do Povo, representando as séries iniciais; Regina Caldas, da Escola Novo Horizonte (Coordenação); Estela Santos, do CEPEI, na defesa da Educação Inclusiva; E, por fim, a professora Cadma Matos, que representará os professore em situação de desvio de função.