A instalação de redinhas de flanela nas incubadoras da UTI Neonatal do Hospital Manoel Novaes (HMN), em Itabuna, tem sido fundamental para o desenvolvimento motor e sensorial de prematuros, além de auxiliar na estabilização da respiração, ganho de peso e melhoria no sistema neurológico. Para tanto, os bebês devem passar algumas horas do dia na rede.

A diretora técnica do HMN, Fabiane Chávez, explica que a utilização das redes contribui para que os bebês prematuros respondam mais rápido ao tratamento. “Gera a sensação de mais conforto. Muitos se sentem como se estivessem na barriga da mãe. A rede também evita a lesão por pressão. O processo contribui ainda para melhorar o desenvolvimento cerebral”, explica a médica pediatra.

A médica pediatra reforça que as redinhas simulam um ambiente mais próximo do encontrado dentro do útero materno. “Como são estimulados a se movimentarem, os bebês conseguem melhorar, por exemplo, o funcionamento dos pulmões. As redes contribuem para a estabilização da frequência de batimentos cardíacos”.

Mais calmas

A fisioterapeuta Virgínia Madalena afirma que, como as crianças ficam mais calmas e ao se alimentar mais, acabam ganhando peso mais rápido. “É impressionante como ocorre a evolução já nos primeiros dias em que recorremos ao uso das redinhas. A técnica ajuda acelerar a alta médica das nossas crianças”, conta.

Mas nem todos os bebês prematuros podem fazer uso da redinha de flanela. A fisioterapeuta Mirelle Antunes esclarece que, para ser colocada na rede, a criança precisa respirar sem a ajuda de aparelhos e ter uma estabilidade no quadro respiratório. “É um processo que gera muitos benefícios para os bebês, mas que exige uma mobilização e participação de toda a equipe da nossa UTI. Esse processo de humanização implantado pelo hospital tem gerado excelentes resultados” conclui.