A Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CHIDOTT) da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna (SCMI), em parceria com o Banco de Sangue e Fundação Centro de Estudos Professor Edgar Santos (FUNCEPES), intensificou as ações para sensibilizar e conscientizar a população sobre a importância para doação de órgãos. A Campanha Setembro Verde (cor da esperança) é promovida nacionalmente pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (OBTO).

No sul da Bahia, o Setembro Verde é realizado pela Santa Casa de Itabuna, que também promove, paralelamente, ações para melhorar o estoque no Banco de Sangue. Além de conteúdos nas redes sociais da instituição, a campanha para esclarecer a população sobre a importância de ser um doador de órgão e de sangue, conta com palestras para agentes comunitários de saúde, mobilização nos hospitais Calixto Midlej Filho e Manoel Novaes (mídia interna), bate-papo com familiares e sensibilização em escola.

Na terça-feira (13), educadores do Serviço de Atendimento à Rede em Ambiências Hospitalares e Domiciliares (SARAHDO), da Rede Estadual de Educação, e Atendimento Educacional Hospitalar e Domiciliar (ATEHD), da Rede Municipal de Educação, que atuam com estudantes em tratamento no Centro de Hemodiálise da SCMI, se reuniram com a equipe técnica de saúde para discutir o fluxo estadual para inclusão na lista de espera para o transplante renal.

MOBILIZAÇÃO


A coordenadora da CHIDOTT da SCMI, a enfermeira Patrícia Betyar, explica que a mobilização para reduzir o número de pessoas na fila de espera é realizada durante todo o ano, mas é intensificada no terceiro trimestre, pois 27 de setembro é o Dia Nacional de Doação de Órgãos. Com queda no número de casos de Covid-19, mesmo com melhora significativa no primeiro semestre, a taxa de potenciais doadores está 50% menor que a esperada.

Mais de 51 mil pessoas no Brasil estão na fila de espera por um órgão, segundo dados da OBTO. A Bahia é o quarto estado com maior quantidade de inscritos, com mais de 2.700 esperando a doação de um órgão compatível. A maior procura são por rim (1.587) e 1.088 córnea. São Paulo é o estado com o número maior na fila de espera, com 18.733 pessoas; seguido de Minas Gerais (5.504) e Rio de Janeiro (4.664).

Patrícia Betyar destaca que neste ano a campanha Setembro Verde na SCMI tem como tema: “Doador de Vidas, Abraça a Doação de Sangue e Órgão”. As ações visam mobilizar não só os potenciais doadores de órgãos, mas também de sangue. “O objetivo é salvar vidas que dependem da solidariedade, do gesto nobre, seguro e 100% SUS. Doar é um gestor que faz a diferença na vida dos receptores e seus familiares”.

A coordenadora da CHIDOTT da SCMI reforça que, no Brasil, a autorização para a doação é concedida pelos familiares. Por isso, com apenas um SIM, a pessoa pode ajudar a salvar vidas. “Sendo um doador, você pode salvar até sete vidas e ajudar dezenas doando tecidos. Com a doação de sangue, você pode salvar até 16 vidas ao ano. Por isso, seja a esperança de alguém. Doe vida!”, reforça o pedido.