Na manhã de ontem (22), a Diretoria do Sindicato do Magistério de Itabuna (SIMPI) e a representação da Base se encontraram com os membros do Governo Municipal para instalação da mesa de negociações da Campanha Salarial 2022 da categoria de professores. Do lado governamental, participaram o Prefeito Augusto Castro, o Procurador Geral do Município, Dr. Álvaro Ferreira, os Secretários da Educação e da Fazenda, Janaína Araújo e Davi Dultra, respectivamente, e demais assessores. Infelizmente o primeiro encontro não foi dos mais otimistas, pois nem mesmo uma data para concessão do reajuste de 33,24% para os professores do nível I (que possuem apenas o magistério) foi apresentada pelo Prefeito.

A Presidente do SIMPI, Profª Carminha Oliveira, abriu as discussões e alertou que o reajuste do nível I já deveria ter sido concedido desde o mês de janeiro e que o sindicato já havia oficializado o governo sobre esta obrigação desde o dia 17 daquele mês. Além disso, o SIMPI já cobrou uma posição do Prefeito sobre o percentual dos níveis II e III (graduados e pós-graduados), uma vez que representa a grande maioria da classe no município atualmente. Na oportunidade, o advogado da entidade, Dr. Antônio da Lapa reafirmou que o Plano de Carreira do Magistério, por meio do seu art. 26, garante o reajuste de forma linear a todos os níveis de educadores. Portanto, trata-se de uma questão legal.

O Prefeito, por sua vez, alegando que a atenção do governo nos últimos meses estava voltada para os impactos provenientes da enchente, solicitou prazo para análise do pedido do SIMPI e agendou um próximo encontro para o dia 15 de março, quando deverá ocorrer a segunda rodada de negociação. Tal pedido frustrou as expectativas do sindicato e também dos professores, uma vez que o não pagamento imediato do nível I já configura atraso do Município com a categoria e consequente descumprimento da Lei Federal nº 11.738/08 que trata do Piso do Magistério.

Já no turno da tarde, por meio de assembleia virtual, os professores se reuniram em assembleia para se atualizar sobre os rumos da Campanha e demonstraram insatisfação com a morosidade do Governo na reforma das escolas, bem como a inércia na apresentação de uma data e um sinal de pagamento da cláusula econômica constante na pauta de reivindicações. Desta forma, os professores, em respeito aos pais e alunos do município, cumprirão o calendário previsto, porém já se preparam para realizar uma paralisação no dia 15 de março, quando deverão se mobilizar na porta da prefeitura a fim de pressionar o governo e acompanhar a segunda rodada de negociação.