Não teve jeito. Na falta de ações concretas e em meio a uma lambança na vacinação contra a Covid, o destaque dos 100 dias de governo ficou mesmo com a tentativa de vender a Emasa, logo no acender das luzes do governo Augusto Castro. Tanto que o governo pouco falou das suas realizações, hoje, no Teatro Cândida Dórea, optando por “atucanar” um suposto plano de investimentos, ao qual chamou – ah, a originalidade! – “Acelera Itabuna”.

Falar de investimentos futuros é muito bom, porque é fácil e, principalmente, porque não tem que explicar nada. O futuro a Deus pertence. Papel aceita qualquer coisa que nele se aplique. O que nos leva à pergunta: se o governo ia focar numa agenda de investimentos, por que não aceitar a proposta do governo do estado de assumir a gestão do saneamento básico da cidade, por meio da Embasa, com investimentos de R$ 400 milhões? Não seria uma boa “acelerada”?

Só para ilustrar: os investimentos do governo do estado tem transformado a realidade do saneamento básico em municípios como Ilhéus – Zona Sul – e Vitória da Conquista. Daí que ninguém entende essa ojeriza ao investimento estatal subsidiado, mas acha bastante simpática a ideia de vender a Emasa ao capital privado, que vai repassar qualquer investimento para a tarifa. Se isso não for uma predileção por negócios em detrimento do investimento público não se sabe mais o que seria.