Para garantir que os recursos investidos nas mais de 782 comunidades atendidas pelo Pró-Semiárido, projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), sejam bem aplicados, o projeto conta com o apoio das comissões de controle social. O grupo eleito pela comunidade para monitorar as ações do projeto, a aplicação dos recursos e encontrar soluções conjuntas para garantir a melhor execução das ações é uma estratégia que vem contribuindo para a boa gestão do projeto junto às famílias agricultoras.

“Eu diria que a comissão é um espaço de comunhão entre as quatro comunidades e a associação, como também um espaço de resolver conflitos e de se exercer o controle social sobre o projeto para garantir que aquilo que foi planejado seja executado, também para ter controle sobre a qualidade do material comprado e sobre as contas. Então, a comissão de controle social tem a responsabilidade de garantir que o que foi planejado, o que foi orçado, ocorra de fato”, esclarece o subcoordenador de capital humano e social do Pró-Semiárido, Samuel Lyra.

A comissão é formada por doze membros, sendo 03 pessoas de cada uma das 04 comunidades que compõem o território rural, que consiste no aglomerado de localidades que são próximas espacialmente e conta com o apoio e acompanhamento de um técnico da CAR com formação na área contábil. A estratégia vem contribuindo também para estreitar a relação entre as comunidades e facilitar as trocas de saberes entre as famílias agricultoras.

“Eu gosto de dizer que o controle social é o olho do projeto. Então, o objetivo certo é a gente se reunir pra que se resolvam os problemas e que seja um bem pra todo o território. Que seja algo bom para todos os membros. Eu sempre digo que este projeto físico é bom, mas o que é melhor é esse alicerce que eles deram de conhecer. Uma cisterna pode furar e você vai ter que remendar e o conhecimento que você tem hoje, se você põe em prática, ninguém tira. Para mim esse projeto, o objetivo maior dele é ter o conhecimento verdadeiro”, disse a presidente da comissão de controle social, Marleide Borges de Sena, que mora na comunidade Caldeirão dos Lalaus em Uauá.

A comissão da qual Marleide é membro reúne pessoas das comunidades de Caldeirão do Lalau, Escondido, Santana, Serra da Besta em Uauá. Maria de Souza Neves é presidente da comunidade Santana e salienta que o trabalho da comissão tem sido de grande valia para os/as beneficiários/as. “Com o controle social foi possível diferenciar o certo do errado na gestão, e cobrar seus direitos. O controle também veio ajudar a trabalhar com licitações, comparar o que vai ser melhor para a comunidade, o que vai ser melhor para o desenvolvimento do projeto”, afirmou Maria.