Adylson MachadoQuando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.  

Adylson Machado

                                                                              

Coisas do Banco do Brasil

Munido de seu carnê buscou máquina no Banco do Brasil para honrar seu compromisso e livrar-se dos encargos por atraso. Cometeu dois erros para o sistema: havia sacado importância próxima ao limite diário e efetivava o pagamento no estertor do prazo e do horário bancário.

Apesar de dispor de recursos mais que suficientes na conta corrente teve recusado o serviço sob a alegação de que “ultrapassara o limite diário”. No dia seguinte pagou com multa e juros.

Não deixa de ser absurda a situação: com dinheiro no próprio banco onde pretendia pagar a conta se viu tolhido de honrar seu compromisso porque já sacara uma parte. O saldo disponível nada representa.

E punido com a sanha do sistema financeiro através do próprio Banco do Brasil(?).

Legislativo independente

A propósito de “Um legislativo independente – ou o homem que acreditava no que dizia”, neste O TROMBONE de quarta 6, para evidenciar possibilidades concretas de ruptura com uma tradição recente da vereança grapiúna – a submissão ao Executivo – de vislumbrar-se que a expectativa de autonomia existe.

Basta que não se desvie recursos, tampouco trilhos para trens da alegria e recursos financeiros sobrarão.

Como o hábito do cachimbo põe a boca torta – como repetia Tormeza – é esperar pelo testemunho da conversão.

Haja CEI

A considerar o texto disponibilizado pela Assessoria da Câmara nesta quarta 6, reproduzido neste sítio/site, sinalizando para a possibilidade de convocação de uma Comissão Especial de Investigação-CEI pelo Legislativo Municipal, para apurar irregularidades detectadas pessoalmente por alguns vereadores em visita a postos de saúde do Município, mais um entrave pode surgir para a retomada da pretendida gestão plena.

Como os senhores fiscais do povo também fizeram inserir na nota a existência de problemas na limpeza pública, abastecimento de água e cultura, também fica a possibilidade de apurações nessas áreas.

Haja CEI!  

Helenilson I

Helenilson ChavesTem se tornado lugar comum em Itabuna entrevistar o empresário do Grupo Chaves quando se aproximam as eleições municipais, alçado a guru ou oráculo do universo político local. Singular, no entanto, a chamada de capa da Contudo para a entrevista do conceituado empresário à revista: “Helenilson Chaves abre sua veia política”.

Se levarmos ao pé da letra o reclamo e considerarmos a dimensão da qualidade do conteúdo político expresso na entrevista, das duas uma: ou a revista se enganou na chamada, ou a veia política de Helenilson está obstruída.

Helenilson II

O referencial maior do empresariado itabunense referiu-se a Azevedo na entrevista à CONTUDO. Contam que HC não contribuiu a contento com a campanha de Azevedo. Detalhes à parte, a empresa de Helenilson que coletava o lixo em Itabuna perdeu espaço para alguém de fora. Que teria colaborado com a campanha.

Poder-se-ia afirmar que a coleta ao tempo de Fernando, sob a égide da empresa vinculada ao grupo liderado por Helenilson, se deveu à contribuições?

Helenilson III

A “franqueza” atribuída a Helenilson pode ser traduzida a partir de uma expressão: “Se eu fosse candidato não queria apoio de político nenhum”. Em princípio a afirmação é temerária, visto que em democracias a política é a arte para alcançar o poder, tanto que os partidos políticos são o instrumento intermediário. Desta forma, a temeridade reside em pretender um cargo que somente se alcança através de um processo eleitoral sem apoio do sistema democrático que o legitima. A isso, somente um nome poderia ser atribuído: aclamação. Que existiu nas gregas Atenas e Esparta – através das assembléias nas ágoras – e nos concilios curiatos – em Roma. Tudo no primeiro milênio antes de Cristo.

Por outro lado, a contradição se faz na declaração, pois desconhecemos que Helenilson não receba políticos em sua casa para discutir negócios.

Helenilson IV

Não queremos crer que HC pretendesse através da entrevista demonstrar a sua erudição sobre a complexidade do tema “populismo”, que alimenta uma multiplicidade de usos para o termo, como o reconhecem as Ciências Sociais.

Ao considerar populistas FG e GS, pode tê-los como políticos demagogos e manipuladores das classes populares, aí entendidas como massas amorfas, desprovidas de consciência, facilmente conduzidas. Por esse viés estaria negando a ação administrativa de ambos e mesmo desconhecendo a alternância entre suas gestões, visto que nenhum deles conseguiu reeleger-se enquanto detentor do poder.

Ficássemos no âmbito da expressão carismática, encontraríamos mais justificativa, entretanto distante da noção de caudilho que alimenta essa dimensão conceitual.

Se o observássemos pelo caráter abrangente do fenômeno, permeado de ideologias à direita e à esquerda, certamente mais apropriada a consideração de Helenilson, se os estudássemos pelo prisma das ações administrativas transitando entre beneficiar a iniciativa privada ou a sociedade.

E aí caberia indagar se as empresas do empresário se beneficiaram de administrações ou de alguma delas receberam benesses.

Helenilson V

O bem sucedido empresário, no entanto, não alicerça uma visão política consistente para Itabuna ao achar Geraldo Simões e Fernando Gomes populistas. Em relação à expressão – que mais configura erudição teórica do que realidade e prática – é a mais elementar forma de estigmatizar esse ou aquele político e mesmo traduzir o preconceito natural de uma parcela de “pensadores” nacionais.

Não cobremos de Helenilson Chaves mais do que poderia oferecer: seu nome como uma respeitável saída de consenso para o processo eleitoral itabunense. Mais eficaz que a opinião.

No entanto, entendemos difícil essa disponibilização, pois, ao que parece, HC somente admitiria se fosse um nome de consenso, assim como nome de um “partido único”, o de Helenilson. E aí, para ser coerente, também não aceitaria.

Justamente pelo caráter populista que refletiria a escolha.

Limites I

Ainda que as compreendamos como inerentes ao exercício de função legislativa, as reuniões da Comissão Especial de Assuntos Territoriais e Emancipação da Assembléia Legislativa da Bahia para ouvir os interessados não servem para absolutamente nada, a não ser ofertar ao debate a visão participativa. Não contribuem para definir ou concluir coisa alguma. Nem levantamentos de GPS definirão em torno da realidade posta em discussão, uma vez que apenas apresentam uma utilidade imediata – de verificar os atuais limites – e outra mediata – fixar os novos.

O que norteia a revisão territorial é a dinâmica de município que venha a exigir a fixação de novos limites para corresponder à justiça que o exija – a mesma que justifica a emancipação de um distrito. Por exemplo: o distrito de São José do Colônia está inteiramente vinculado ao município de Itororó, e não ao de Itambé. Distante apenas 5 quilômetros da terra da carne de sol está atrelado administrativa e territorialmente a uma localidade que dista  80 quilômetros e nem mesmo com ele se interliga por uma estrada vicinal.

Realidade semelhante, no caso de dependência, também ocorre com relação ao Distrito de Bandeira do Colônia, com sede que o separa da cidade de Itororó apenas pelo rio Colônia.

Limites II

Os limites entre Itabuna e Ilhéus não podem ser discutidos sob o crivo das paixões e xenofobias, naturais em momentos deste jaez. A defesa que seus representantes façam dizem respeito ao exercício natural e responsável no exercício de suas funções.

A solução, se a Assembleia Legislativa efetivamente o pretender, é simples como beber um copo de água: uma vistoria pelos senhores deputados da decantada Comissão aos espaços sob questionamento, colhendo in loco todos os subsídios sócio-econômicos, históricos, sócio-culturais etc..

O resto é release.

Indecisão

Não supera a pretensão e perde-se entre o folhetim e o documentário. Distorções históricas atropelam, confundindo instantes. Anunciada como registro de um período frustra o telespectador que conhece os fatos que pretende revelados na telinha. O imediato e o mediato do AI-5 são lançados na gênese do golpe em março de 1964, envolvendo erros grosseiros. Estereótipos e lugares-comuns atropelam as fontes de uma boa história. Péssima como melodrama e altamente falha como registro histórico por torpedear a credibilidade na cronologia apresentada, que não pode ser admitida – diante da proposta – como licença autoral.

É o que percebemos nos primeiros capítulos de “Amor e Revolução”, a novela do SBT das 22h15min. Os personagens forçam situações, o texto alimenta desconexões com a realidade no instante em que propõe paixões. Há uma insistência em dotar a novela de um didatismo explicativo como se fosse uma aula à distância para alfabetização.

E mais: atropela como se quisesse realizar tudo em uma semana de exibição.

Na insegurança entre apresentar-se como folhetim ou como documentário, o documentário resgata a proposta com os depoimentos ao final de cada capítulo.

O lado positivo

O resultado de “Amor e Revolução”, no geral, é positivo como alerta quando traz à tona o que somente se via através do cinema donde destacamos os recentes “Pra Frente Brasil” (1982), de Roberto Farias, “Feliz Ano Velho” (1987), de Roberto Gervitz, “Cabra Cega” (2005), de Toni Venturi, “O ano em que meus pais saíram de férias” (2006), de Cao Hamburger, “Zuzu Angel” (2006), de Sérgio Rezende e “Batismo de Sangue” (2008), de Dani Patarra e Helvécio Ratton. E o documentário “O dia que durou 21 anos” (2011) na TV Brasil.

E inegavelmente a oportunidade de o Brasil ouvir depoimentos estarrecedores dos que sobreviveram aos porões, uma vez que “Amor e Revolução” já alcança até 9 pontos na audiência.

Hora de serem veiculados os depoimentos pelas redes sociais. E abrir o debate pela “Comissão da Verdade”.

Outros tempos

A ISTOÉ publicou na edição 1260 “Onde Foram Parar os Comunistas?”, matéria questionando particularmente o PCdoB e fazendo inserir no contexto toda a trajetória comunista no Brasil, com distorções como a de lançar a Coluna Prestes (1924-1926) como parte do movimento que se iniciara em 1922 com a criação do Partido Comunista Brasileiro.

Como não se pode considerar um primor a matéria resta-nos um rodapé: a ISTOÉ comentando o PCdoB não mais pelo viés do “radicalismo” ou do “comunismo ateu a serviço da Albânia” é coisa para pensar.

Publicidade e utilidade

Páginas da Bahiagás invadiram a imprensa regional. Destacando a extensão da matéria, e sua natureza técnica, distribuída em quatro páginas e considerando a disposição para a leitura da maioria dos leitores podemos afirmar que, afastado o título, somente será destacada a identificação do Diretor-Presidente da empresa.

Essa a utilidade.

A imprensa agradece e, certamente, no momento apropriado, convocará o responsável pela empresa para explicar o conteúdo publicado.

Outra utilidade.

De fazer inveja

SantanaDe todos é sabido o que representa a luta do político com mandato para ver-se em programas eleitorais em nível nacional. A democracia participativa – queremos crer – levou o programa do PTN nesta quinta 7 a não dispensar nem 2º secretário e vereador. E nisso o Deputado Coronel Santana ganhou “um segundo” de exposição nacional.

Tem muito político regional morrendo de inveja.

Inusitado I

O discurso de Aécio Neves na sessão do Senado nesta quarta, cercado de expectativas, só não trouxe reclamo publicado como “informe publicitário” em página inteira de jornal e chamada em rádio e televisão. De forma explícita, porque o clima criado se constituiu em típica apresentação de pop star. Figura simpática, fisionomia bonita, apresentava o ingrediente necessário à unidade de que carece a oposição neste instante de desarrumação.

O inusitado fica pelo que não se esperava: turma do gargarejo e até mesmo uma claque para aplaudi-lo.

Quando líder de oposição precisa de claque é sinal de que a coisa não anda bem para dita cuja!

Inusitado II

Em peso uma parcela da cúpula da resistência – que tem o mérito, se encontrar discurso, de evitar que se materialize a cultura do partido único, tamanha a base parlamentar que se constrói em torno do governo – desfilando de José Serra a prefeitos de Minas gerais e deputados, todos convidados para formar público para fotografias e aplaudir aquele que deveria ser o novo Arthur Virgílio no Senado.

O discurso I

Buscando promover proposições válidas para a governança que faça unidos governo e oposição em torno de projetos para o País e ensaiando posição de crítica ao governo e ao partido que lhe deu sigla e eleição, frustrou com seu discurso a mínima possibilidade de algo efetivamente inovador.

Ao posicionar-se como opositor transitou por argumentos buscados em momentos históricos inteiramente diversos, como o posicionamento do PT em relação à eleição de Tancredo Neves (insinuando que ficara contra TN), quando o PT marcara posição contra a legitimação do Colégio Eleitoral. (Na visão do mineiro, o único caminho para romper o ciclo militar no imediato da frustração da emenda Dante de Oliveira denominada Diretas Já. Ou seja, utilizar a arma do inimigo para sacrificá-lo).

E nessa esteira passou pelo Plano real, privatizações etc., sempre citando “estávamos lá; nossos adversários, não”.

Mais em busca do tempo perdido, o proustiano Aécio ao tratar do PT no passado.

O discurso II

No fundo foi um discurso para alimentar a autoestima da oposição, que tenta acordar para a crua realidade que a cerca, e sustentado no lugar comum posto diariamente na grande imprensa. Faltou um ethos ao orador que o marcasse como o pretendia.

O melhor do discurso ficou a cargo de alguns apartes, donde destacamos o do Senador Humberto Costa, convocando o orador à humildade para reconhecer os efetivos avanços da era por ele criticada.

No frízer

O Juiz titular da 4º Vara Cível da Comarca de Itabuna está se dando por suspeito em inúmeros processos, amparando-se na “prerrogativa” inserta no Parágrafo Único do art. 135 do CPC (“Poderá ainda o juiz declarar-se suspeito por motivos íntimos”). A iniciativa do nobre magistrado está alcançando processos de causas as mais variadas e envolvendo advogados que nem mesmo o conhecem.

Circula nos meios forenses que o juiz está se dando por suspeito em mais de duas centenas de processos. Coincidentemente aqueles que estejam subscritos por qualquer dos advogados que o enfrentaram recentemente por atitudes que envolveram alguns causídicos e a própria OAB.

De notar-se que a regra comum para justificar a suspeição diz respeito à relação processual quanto ao seu objeto e não à representação, ou à existência de inimizade, parentesco ou interesse que envolva qualquer das partes e o juiz.

Mas, afastadas as considerações doutrinárias e hermenêuticas, certo temos que o magistrado ou guarda mágoas no frízer ou não está muito afeto ao trabalho. Duas centenas de processos não são qualquer coisa.

Fernando Gomes lança livro de memórias

No dia 28 de junho o ex-prefeito Fernando Gomes lançou seu livro de memórias, em noite de autógrafos que contou com a presença de ex-ministros de Estado, desembargadores, juízes, jornalistas e o grande leque de amigos e admiradores. “Memórias de um Vaqueiro” é a trajetória bem sucedida do político itabunense que viveu sua primeira experiência profissional como vaqueiro e se tornou uma expressão no universo político regional.

A especulação faz sentido. Afinal, para quem está muito quieto nesse instante da sucessão 2012 este seria um fato a colocá-lo como a maior evidência no processo eleitoral durante um bom tempo e driblar a imagem de homem rude.

Para nós não seria surpresa. Surpresa mesmo, a público feminino na noite de autógrafos.

Aleluiadas à vista

aleluiadas“DINHEIRO MOLE – Ontem em Washington, amanhã em Acapulco, terça-feira  que vem em Londres. Três palestras a 200 mil dólares cada uma renderão ao ex-presidente  Lula 600 mil dólares. Somando-se o que já ganhou e, especialmente, o que vai ganhar, a conclusão é de que vale à pena ser ex-presidente da República, em especial tendo sido torneiro-mecânico e líder de expressão  mundial.  Ótimo para ele, ruim para os antecessores. Fernando Henrique não recebe 20 mil  por palestra. José Sarney, Itamar Franco e Fernando Collor,  nem isso”.

Considerando o texto acima, de Carlos Chagas na Tribuna da Imprensa on line nesta quinta 7, aguarda-se mais algumas cartas-abertas do baiano José Carlos Aleluia endereçadas a Washington, Acapulco e Londres.

Perdemos a arte de Lumet

lumetDos grandes diretores de cinema que marcam nossa particular curiosidade pela sétima arte, perdemos Sidney Lumet (1924-2011) neste sábado 9, autor de clássicos como “12 Homens e Uma Sentença” (1957), “Serpico” (1973), “Um Dia de Cão” (1975), “Rede de Intrigas” (1976), “Veredicto” (1982). Dirigiu mais de 50 filmes, sendo seu último trabalho “Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto” (2007).

Sua marca se fixava em se afastar do cinema como entretenimento puro e simples e levar “o espectador a examinar uma ou outra faceta de sua própria consciência” – disse-o em entrevista ao The New York Times.

Itororó

A terra da carne de sol, diante das críticas a Adroaldo Almeida, começa a ensaiar evoluções dignas do stanpontepretano “Samba do Crioulo Doido”, que mais demonstrariam a ausência de lideranças locais para enfrentar nas urnas o atual prefeito. A anunciada união de grupos até recentemente antagônicos, como o de Marco Brito e o de Edineu Oliveira, dá lugar à especulação de que o próprio Edineu, que enfrenta dificuldades para registrar sua candidatura, pretende importar de Itapetinga um candidato para Itororó, ainda que seu sobrinho.

Tende a fortalecer Adroaldo, que saberá mexer com o nativismo da terrinha

Pena Branca e Xavantinho

Da fornalha nordestina nos deslocamos ao caipira mineiro da dupla Pena Branca e Xavantinho (o primeiro é paulista de Igarapava, o segundo, mineiro de Uberlândia), destacando dois trabalhos: “Cuitelinho”, folclore recolhido por Paulo Vanzolini, com participação de Antônio Xandó, e “Vaca Estrela e Boi Fubá”, de Patativa do Assaré. Ainda migraremos pelas paginas deste particular estilo de dupla sertaneja.

Cantinho do ABC da Noite

CabocoComo todo bom boteco, o ABC da Noite não dispensa elucubrações envolvendo a política. Naquele sábado a ênfase estava posta: a frustração nos políticos. O aluno, depois de transitar pelos ideais e pela Ética, concluiu:

– Nós não temos mais bandeira, Cabôco – lamuriou.

– Temos, Cabôco – consola o vendeiro – o tamanduá.

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PS: Se o leitor nos privilegiar, recomendamos a leitura de “Por que tudo deu errado”, na próxima quarta-feira.

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Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de “Amendoeiras de outono” e ” O ABC do Cabôco”, editados pela Via Litterarum