AdylsonQuando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.  

Adylson Machado

                                                                              

Velhos problemas

Cyro de Mattos, quando soube do estranho Edital para seleção de 35 profissionais para atender a cursos promovidos pela FICC (VER), elaborado na calada da noite e sem mesmo ser publicado tempestivamente, disse que não sabia de nada e que determinara a devida apuração das responsabilidades junto à Procuradoria-Geral do Município.

Ótima oportunidade de a Presidente da FICC mostrar à comunidade o andamento das apurações. Pelo que sabemos o resultado da fraude continua.

Uma auditoria interna, como caldo de galinha, não faria mal a ninguém.

Roberto de Souza

A ele atribuída a indicação da esposa para presidir a FICC, como cota do PR de César Borges. Até prova em contrário, o vereador pretenderá a reeleição.

Se imaginava contar com apoio da FICC pode ir tirando o cavalo da chuva.

A FICC já tem candidato. Em campanha. Utilizando justamente as atividades beneficiadas pelo edital fraudulento.

Fichas de inscrição para oficinas (antes 16, hoje 35) sumiram da FICC e estariam sob controle de um diretor candidato.

Em tempo de murici

Mundo “civilizado” e “industrializado” em crise. Cortes nos gastos públicos. Até os ricos sugerem impostos para si. No Brasil o governo recomenda economizar. Diz faltar dinheiro para a emenda 29, para a PEC 300.

Mas, o Judiciário quer até 56% de aumento.

Como diria Tormeza: “Em tempo de murici, cada um (Judiciário) cuida de si”!

Desde 1º de junho

A greve no Judiciário Trabalhista já ultrapassou três meses. Pedimos, humildemente: exibam os senhores grevistas seus contracheques. O povo precisa saber desses minguados vencimentos!

Congresso do PT

Quarto Congresso. Os companheiros discutem. De cargos ao futuro. Sob esse particular, se vão mais à direita ou aliam-se de vez aos que sempre criticaram.

Ninguém espere as propostas do Primeiro Congresso, imediato à fundação, como a taxação sobre as grandes fortunas ou mesmo um mais efetivo olhar sobre o capital especulativo.

Não é proibido sonhar

A oposição elogia Dilma. Diaboliza Lula. Espera criar um “clima” de desavença entre ambos. Sonhos de uma noite de verão. Os dois estão mais afinados do que nunca.

Perdida mesmo, até o momento, sem rumo e sem bandeira, a oposição. Sobre ela a espada de Dâmocles: ou reeleição de Dilma ou retorno de Lula.

Na falta do que fazer

Acabam de aprovar, na Câmara Federal (deputado Hugo Leal, do PSC, como relator), uma proposta originária do Senado, que proíbe o transporte de bebidas alcoólicas na cabine de veículos. Já não mais proibido o consumo para quem dirige, também o transporte sobre rodas.

Ao que parece, coisa do FEBEAPÁ (Festival de Besteira que Assola o País). Diria Stanislaw, depois de ouvir Tia Zulmira: certamente os cientistas do congresso descobriram que olhar para a bebida também causa males à saúde.

Itororó

Quem critica a iniciativa do prefeito de Adroaldo Almeida pelo fato de reivindicar e lutar pela inclusão dos distritos de Bandeira do Colônia e São José do Colônia ao município de Itororó passa ao largo das distorções por que vive a atual divisão territorial do Estado da Bahia.

Bandeira do Colônia dista 30 quilômetros de Itapetinga e o início de seu perímetro urbanos está apenas a 5 ou 6 metros do de Itororó. Basta atravessar o rio.

São José do Colônia dista 80 quilômetros de Itambé (sem acesso rodoviário direto) e está a 5 de Itororó, para onde convergem sua produção, seus negócios e necessidades.

O Prefeito de Itororó está certo!

A capa disse tudo

capaCada uma com seu sorriso. E a plebe, nós outros, com a alegria que nos cabe e a indignação que nos resta.

Essa turma

Andaram mexendo com o Ministro Negromonte e deslancharam pelo PP. Carlos Newton, no Tribuna da Imprensa on line de segunda 29 articula: “Ministro Negromente só esqueceu de dizer os nomes dos 10 parlamentares do PP que têm ficha suja e dos outros oito que estão respondendo a processos”, honrosa relação que dispõe de nomes como Paulo Maluf, Espiridião Amin, Beto Mansur, dentre outros. E por lá inseriu:

Luiz Argôlo (PP-BA) Responde a inquérito que apura captação ilícita de votos/corrupção eleitoral no STF, onde também é alvo de inquérito que apura uso de documento falso. Responde a uma ação civil pública no TJ-BA, Comarca de Entre Rios, movida pelo Ministério Público Estadual e de ação de execução fiscal movida pela União; O TRE-BA reprovou a prestação de contas referente às eleições de 2002; no TCM-BA, foi multado por irregularidades cometidas quando presidente da Câmara de Vereadores.”

Maldade dessa gente do Sul Maravilha, como diria Henfil!

Rejeição

A rejeição de Azevedo é alta. Para certos padrões estatísticos – científicos, pois – inviabiliza sua reeleição.

Entretanto, estatística em política não a vemos com o rigorismo matemático, justamente por envolver humores da política, leia-se eleitores.

Tanto que deixamos aos analistas e pesquisadores um questionamento sobre o particular da rejeição a Azevedo: teria os mesmos componentes, já inalteráveis, absolutos, que alcançam nomes como Fernando Gomes e Geraldo Simões?

Estaria consolidada ou é reversível a patamares toleráveis?

Rejeição e rejeição

A rejeição na política se altera, conforme os humores do povo. Estes humores não estão na memória de fatos passados – antes que se sedimentem.

Se assim o fosse fatos que macularam a imagem de Fernando no passado (1989-1992) não lhe assegurariam eleição a qualquer tempo futuro.

No entanto, se elegeu outras três vezes.

República Velha

A “profissionalização” político-partidária das administrações, assaltada pelo fisiologismo, faz com que convivamos, aqui e ali, com figuras desconhecidas ocupando cargos nos mais diversos municípios.

Não mais pertence o comando da administração à realidade político-partidária local, mas – o que se tem visto – a este ou aquele chefe político estadual ou nacional.

Dá saudades dos coronéis da República Velha. Pelo menos lutavam pelos afilhados locais em cada lugar que lhes assegurasse os “votos de cabresto”.

Lá como aqui

ciaO filme de espionagem marcou a geração que tinha a tela grande como referência, ao lado de dramas, romances, comédia e policiais. O investigador/espião e o investigado/espionado, o gato e o rato, formavam torcida.

Hoje não se investiga. Mata-se. Dá menos trabalho. E chamam a isso Civilização!

Não á toa, em efeito dominó. Da CIA à polícia nacional.

PT Ilhéus, saudações

No momento, o PT em Ilhéus alinha-se com o PSB, tem secretários no governo municipal. A oposição municipal, em sua maior expressão (Jabes Ribeiro) confabula para ver o PT de Ilhéus com sua candidatura em troca do apoio do PP itabunense à petista.

Ocorre que, em Ilhéus, a disputa entre tendências petistas é fato concreto. Diferentemente de Itabuna, onde manda Geraldo Simões. Lá na praieira não há unidade e o controle do partido está nas mãos de Josias Gomes.

Rodapeando: o PT de Ilhéus – sem interferência de Wagner – pode melar o PT de Itabuna.

Dor de cabeça, hoje, para Geraldo Simões.

A não ser…

Que a fritura ensaiada se materialize. Nome do prato amaciado em fogo lento: Alisson Mendonça.

Leitura elementar: entre o aliado ilheense e o apoio do PP itabunense a Juçara, Geraldo Simões aumentará o fogo na fritura.

E servirá Alisson de bandeja a Jabes Ribeiro.

PT Itabuna, Saudações

A eleição de 2012, sob a ótica do Governador Wagner, deve contribuir para assegurar a eleição de um petista em 2014 para sucedê-lo. Ampliar prefeituras com os partidos que integram a base do governo torna-se fundamental. Joga em terreno pantanoso – muitos dizem – por depender de um leque partidário como o que pretende construir para sustentar esse projeto, que passa por neoprogressistas oriundos do carlismo.

Mas é o projeto. Para tanto ele governador renunciará a única vaga para o Senado a fim de sustentar a composição, que envolve ainda a vice-governadoria.

Mas a turma que aderiu, experiente (pensando em retornar ao poder), sabe que não pode esperar somente isso. Precisa fazer um bom cacife a partir de 2012.

Geraldo conta com isso para ter o apoio do PP à sua pretensão.

Não contará é com o integral respaldo de Wagner se o nome do PT em Itabuna for Juçara.

Nando Luz

O baiano Nando Luz, que prepara o lançamento do espetáculo “Mautnerianas”, com canções de Jorge Mautner, para novembro, musicou poemas de Manoel Bandeira para o projeto “Acenando com Bandeira”, que está à disposição do público para contratações.

Contatos através do Tel (12)3911-8134, Cel. (12) 8111-2341 ou do e-mail [email protected]

Lançamento

Na quinta 1º, no Centro de Cultura Adonias Filho, foi exibido o curta metragem “A Fórmula”, direção de Henrique Filho, com direito a show dos músicos que  fizeram a trilha sonora.
Atores da região (Alessandra Barreto, Eva Lima, Carlos Betão, Jefinho,Mither, Victor Aziz, Valderez do Salobrinho), de Salvador (Ciro Sales, Gil Vicente Tavares, Luiza, Caco Monteiro) e participação especial de Vladimir Brichta.

Produção cuidadosa, mesmo antes de estrear oficialmente, já participa de diversos Festivais de Cinema, começando pelo Festival Internacional de Cinema da Bahia, neste inicio de setembro, em Salvador.

Carinhosamente

Em tempos bicudos para a boa música trazemos esse duo de Marisa Monte e Paulinho da Viola, para “Carinhoso”, o clássico de Pixinguinha e João de Barro (Braguinha).

E para confirmar que ainda há vida inteligente neste Brasil, o Grupo Balaio e “Riacho de Areia” (no Sr. Brasil), na adaptação feita por Consuelo de Paula sobre temas de canoeiros do Vale do Jequitinhonha e cantos dos congadeiros de Pratápolis (MG).

Cantinho do ABC da Noite

cabocoNaquele sábado fervilhava pelo Beco todo tipo de proposta para a jogatina. Do bicho a federal nada escapava:

– Não quer fazer um bolão, Cabôco? – propõe o freguês.

– Não, Cabôco – explica Alencar – eu não tenho fermento. 

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Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de “Amendoeiras de outono” e ” O ABC do Cabôco”, editados pela Via Litterarum