O prefeito de Ilhéus, Newton Lima, protocolou junto à unidade da Bahia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ofício/Gab 144/10, destinado a Arthur Ferreira da Silva Filho, para que seja procedida revisão na contagem populacional em todo o território municipal. 

Newton não concorda com as informações até agora obtidas sobre os resultados do censo 2010 e também publicadas no Diário Oficial da União, no dia 4 deste mês, que apontam uma população encontrada de 176.917 pessoas. Esses números contradizem os encontrados no censo 2000, que garantiam uma população acima de 222.127 moradores, constituindo-se numa queda muito brusca no nível populacional.

Além de não concordar com esses números atuais, o prefeito afirma que Ilhéus não reconhece os novos limites estabelecidos pela Superintendência de Estudos Econômicos Sociais da Bahia, que prevê a perda de importantes áreas para demais municípios circunvizinhos, o que inclusive, terminou influenciando no trabalho do censo realizado pelo IBGE. Para tanto, também protocolou junto àquele órgão requerimento sob o número 140110000554712, solicitando revisão do perímetro territorial do município.

Ainda no ofício protocolado no IBGE, Newton Lima requer que o município seja informado qual número de habitantes foi encontrado nos limites municipais utilizados no censo 2000, antes da nova delimitação da superintendência, que foi suprimido do território ilheense; e, que seja informado o número de habitantes encontrados nos distritos Sede, Aritaguá, Banco Central, Castelo Novo, Couto, Inema, Japu, Olivença, Pimenteira e Rio do Braço, “com o objetivo de podermos comparar com os dados do Censo 2000, para identificarmos onde ocorreu o decréscimo populacional”.

Prefeito reclama, mas secretário atesta “lisura”

No final da reunião, Sandoval Manciola e Mara Leite Sacramento, coordenadores de subárea e coordenadora técnica do IBGE, respectivamente, foram parabenizados pelos presentes que ressaltaram o excelente nível técnico no trabalho do censo e também pela transparência das ações, uma vez que sempre se predispuseram a dirimir as dúvidas surgidas durante o levantamento de dados no município. “Mesmo lamentando as perdas, sou testemunha da lisura do censo realizado em Ilhéus”, garantiu José Nazal.

Da Redação:

Sobre a pendenga do Censo ilheense, vale a pena reler o artigo de Adylson Machado “Itabuna e o Censo 2010“, publicado aqui n’O Trombone, em que o articulista prevê essa redução populacional. Também recomendamos a leitura de “A imperiosa necessidade de uma revisão territorial“, do mesmo autor, também aqui no blog.