Poeta recitava seus versos no palco improvisado, ao lado do monumento a José Bastos, ontem à noite, na praça que leva o nome do poeta itabunense, numa performance nunca antes vista na história de Itabuna. Contorcia-se, rolava pelo chão, gemia, gritando de dor, a voz empastada, num perfeito choro inconsolado.

Vendo tudo aquilo, um espectador não resite: "Aí, só o Hospital de Base pra dar jeito", sussurrou o gaiato, até para não atrapalhar a apresentação ou não ser flagrado pela plateia que estava prestes a chamar o Samu para o rapaz.

Ao seu dizer cheio de terceiras intenções, cabia muito bem duas interpretações: ‘cura, para essa dor, só no HBLEM’, ou ‘lá, a cura é para todos os males. E definitiva’.