De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Brasil, hoje, as chances de cura do câncer em crianças e adolescentes são de 64%. Nos países com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), os índices de cura podem chegar a 80%. Com objetivo mudar esse cenário no país, o Instituto Ronald McDonald, em parceria com o Grupo de Apoio à Criança com Câncer – GACC Sul Bahia, leva o Programa Diagnóstico Precoce, já realizado em mais de 10 estados brasileiros, para as regiões Sul, Extremo Sul e Sudoeste da Bahia na modalidade online.

O projeto tem como objetivo de contribuir com o aumento da identificação precoce da doença em crianças e adolescentes por meio de capacitações de profissionais da Atenção Básica de Saúde, pediatras da rede SUS e privada, além de estudantes de medicina e de enfermagem para que possam desenvolver o olhar especifico para suspeitarem da doença e saberem como encaminhar para o diagnóstico, contribuindo também com a organização da rede de saúde na localidade. Dra Teresa Cristina Fonseca, vice diretora executiva do Grupo destaca que essa é uma grande e importante parceria para a saúde do estado da Bahia:

“Por conta do cenário pandêmico em que estamos vivendo, esta é a primeira vez que realizaremos o projeto 100% online. Mas, também é uma oportunidade para que um maior número de profissionais possam participar já que não teremos a limitação geográfica e o projeto será gratuito. Um importante treinamento para os profissionais de saúde do nosso Estado”, afirma.

Há 22 anos, o Instituto Ronald McDonald atua com a missão de promover saúde, bem-estar e qualidade de vida para crianças e adolescentes antes, durante e após o tratamento da doença, aumentando as chances de cura do câncer infantojuvenil através de diversos projetos pelo Brasil, como o Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil.

“O tempo entre a percepção de sinais e sintomas do câncer e a confirmação do diagnóstico são fundamentais para aumentar as chances de cura da doença. No Brasil, esse intervalo ainda é longo, o que leva muitos pacientes a chegarem ao tratamento já em fase avançada da doença, dificultando as chances de cura e os resultados positivos de tratamento, além do risco de deixar muitas sequelas nos pequenos pacientes. Por isso, com foco em levar conhecimento e formação especializada aos profissionais de saúde, desenvolvemos o Programa Diagnóstico Precoce”, destaca Francisco Neves, Superintendente do Instituto Ronald McDonald.

Disseminando conhecimento

Criado em 2008, o Programa Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil do Instituto Ronald McDonald visa promover a identificação precoce da doença por meio de capacitações de profissionais da Atenção Básica de Saúde, pediatras da rede SUS e privada, além de estudantes de medicina e de enfermagem. Em 12 anos de programa, o Instituto Ronald já capacitou, em parceria com diversas instituições do Brasil, mais de 27 mil profissionais de saúde, sensibilizando os participantes sobre a importância dos sinais e sintomas do câncer infantojuvenil como auxílio para o aumento das chances de cura e como realizar o encaminhando dos pacientes para o diagnóstico. Ao longo desse período, o programa já impactou mais de 10 milhões de crianças e adolescentes em todo o Brasil. Em 2020, o programa, em uma versão totalmente digital, capacitou 742 estudantes de enfermagem e medicina e residentes em pediatria. Quer saber mais sobre o Programa Diagnóstico Precoce do Instituto? Acesse: www.institutoronald.org.br/.

Se você é pediatra, estudante de medicina e enfermagem, profissional de enfermagem e reside nas regiões Sul, Extremo Sul e Sudoeste da Bahia, não deixe de participar. Faça parte dessa corrente do bem. Entre em contato através do 73 99114-0758 ou pelo e-mail: [email protected].

As chances de cura

A chance de sobrevivência média é estimada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) em 64%. Porém, as chances não são as mesmas em todas as regiões do país. Conforme o levantamento feito pelo Inca, enquanto as chances médias de sobrevivência nas regiões Sul são 75% e na região Sudeste são 70%, nas Região Centro-Oeste, Nordeste e Norte elas são 65%, 60% e 50% respectivamente.

Sobre o Instituto Ronald McDonald

Organização sem fins lucrativos, o Instituto Ronald McDonald (IRM) há 22 anos atua para aproximar famílias da cura do câncer infantojuvenil e aumentar as chances de cura da doença. Para atingir esse objetivo, o Instituto Ronald McDonald trabalha promovendo a estruturação de hospitais especializados, a hospedagem para famílias que residem longe dos hospitais, a capacitação de profissionais da saúde para realizarem o diagnóstico precoce, incentiva a adesão a protocolos clínicos e promove disseminação de conhecimento sobre a causa. A ONG faz parte do sistema beneficente global Ronald McDonald House Charities (RMHC), presente em mais de 60 países, coordenando os programas globais: Casa Ronald McDonald, voltado para a hospedagem, transporte e alimentação dos pacientes; e o Programa Espaço da Família Ronald McDonald, que torna menos desgastante o dia a dia das famílias durante o tratamento. No Brasil, há ainda outros dois programas locais: Atenção Integral e Diagnóstico Precoce, com ações específicas de combate ao câncer infantojuvenil. O Instituto conta com o apoio de diversas empresas e pessoas físicas para desenvolver e manter seus programas. Saiba mais sobre os programas e as instituições beneficiadas em www.institutoronald.org.br.

Sobre o GACC Sul Bahia

O GACC Sul Bahia é especialmente direcionado ao atendimento de famílias de baixa renda, com a finalidade de garantir o direito ao tratamento do câncer com melhor qualidade de vida, atendendo crianças e adolescentes residentes do interior do estado da Bahia, abrangendo as áreas da região sul, extremo sul, sudoeste e oeste baiano.

E tem como missão amparar crianças e adolescentes acometidos por doenças onco-hematólogicas, mediante ações nas áreas de assistência social e de saúde, em caráter permanente e gratuito.