Tá difícil. A cada dia, a sensação que se tem é que é quase impossível escapar da violência em Itabuna. E não se trata apenas de crimes ligados ao tráfico de drogas, como gostam de fazer parecer as autoridades em geral. São crimes e mais crimes, sem classificação maior.

Do absurdo assassinato de um casal no bairro Califórnia – ambos trabalhadores, donos de um açougue – a ataques atribuídos a briga de gangues, sem falar na violência feijão-com-arroz. aquela que não mata, mas deixa marcas, principalmente agressões domésticas e assaltos em geral. Tudo isso tem tornado a vida nessa cidade uma aventura medonha.

Dez homicídios. Ilhéus, com carnaval, milhares de turistas – a maioria importada de Itabuna – e tudo, nenhum assassinato. Carnaval sem peixeiras. Amém. Morte violenta, apenas um afogamento – salvo alguma atualização macabra depois do ‘fechamento dos números’.

Mas, que dizer de Itabuna? Por onde andar, se todas as ruas, desertas ou movimentadas são igualmente perigosas? Vale a pena comprar um celular chique, se ele não durará mais que uma semana em nosso poder? É melhor portar dinheiro para ter o que oferecer aos seus verdadeiros donos, quando estivermos sob a mira dos trezoitões? Bandidos já aceitam cartões de crédito ou débito?

Definitivamente, Itabuna não é mais uma cidade para amadores. Requer um profissionlismo que não nos foi oferecido.