A nomeação de Juvenal Maynart para a direção da Ceplac em Brasília foi publicada hoje no Diário Oficial da União. Juvenal foi superintendente da Ceplac na Bahia entre 2011 e 2015 e saiu elogiado por produtores e reconhecido pelo funcionalismo, especialmente pelo dinamismo que imprimiu à sua gestão. A expectativa é que retome o projeto interrompido em 2015.

A passagem de Maynart pela Sueba foi marcada pela luta pela modernização da legislação ambiental que favorecesse a produção de cacau em áreas de cabruca. Essa batalha começou com a importância da cabruca reconhecida pela ONU na Rio+20, como uma das 10 premissas para uma agricultura sustentável no Brasil.

A Bahia aprovou nova Lei Ambiental, com um capítulo relativo às áreas agrossilvipastoris, entre as quais a cabruca foi contemplada e em seguida regulamentada como espaço produtivo, passível de manejo. Como resultado prático, já foi dada a primeira autorização de manejo da cabruca.

Também marcou a passagem de Juvenal pela Sueba a intensa parceria com a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), numa relação mais que institucional, mas de antevisão do que uma universidade federal poderia gerar em termos de desenvolvimento para a região como um todo e para o negócio cacau e chocolate em particular.

O resultado dessa parceria pode ser observado na materialização do Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia, parceria da Ceplac, UFSB, Uesc e institutos federais de Educação, já com o primeiro laboratório de Biotecnologia em Alimentos, com ênfase em cacau e chocolate, sendo inaugurado nos próximos dias. O próprio campus Jorge Amado tem a marca da parceria da UFSB com a Ceplac, que doou parte do terreno, onde já está sendo construído o Centro de Formação em Tecnologias Agroflorestais.

“Quando servi na Superintendência da Bahia, cuidei para que o interesse público prevalecesse, sem abrir mão de que o domínio das tecnologias garantisse o paradigma da sustentabilidade e que a ciência voltasse a ser a balizadora a expansão das atividades produtivas, da conservação do meio ambiente e da transformação social de toda a região. Creio que cumpri meu dever”.