Funcionários em estado de greve, paralisação de servidores, falta de alimentos, de salários, de tudo. Essa é a situação do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, que amarga mais uma administração desastrosa nesse governo.

Mas o município de Itabuna já achou um culpado: o SUS. De acordo com nota distribuída há pouco à imprensa, a situação está como está devido a atrasos nos repasses do Sistema Único de Saúde. Sobrou também, de raspão, para a Sesab, que é quem faz a entrega do dindim aos cofres – de boca larga – do município.

Para não deixar barato, o texto ainda atribui a situação calamitosa e o estado de greve dos funcionários a “grupos com interesse político de tumultuar o funcionamento do hospital e o atendimento à população”. É mole?

Veja o comunicado:

A Prefeitura Municipal de Itabuna informa à população que o atraso no repasse pelo Governo Federal dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), destinados ao Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, impede o Município de honrar os compromissos salariais com os servidores daquela unidade que estão em estado de greve, em função da ingerência de grupos com interesse político de tumultuar o funcionamento do hospital e o atendimento à população.

O Executivo esclarece ainda, que está adotando todas as providências junto à esfera federal para a solução do problema no menor espaço de tempo possível. Informa ainda, que em função da perda da gestão plena dos recursos da saúde que eram transferidos diretamente do governo federal para o município, cabe à Prefeitura apenas repassar os recursos provenientes do SUS, enviados pelo Ministério da Saúde através da Sesab.