A ideia foi tratada como absurdo por todos que dela tiveram conhecimento, mas o fato é que foi externada e isso é o suficiente para nos deixar de queixo caído: há quem proponha mais uma eleição para a Mesa Diretora da Câmara de Itabuna.

Seria a terceira eleição para o mesmo cargo em dois anos, sem que nenhum dos pleitos tenha sido anulado, o que deixaria o Poder Legislativo com três presidentes eleitos – Roberto de Souza e Ruy Machado já estão lá -, embora só haja uma cadeira a ser ocupada a partir de 1º de janeiro.

Diante dessa possibilidade – de pronto rechaçada por alguns vereadores -, ao mesmo tempo do barro jogado na parede, notou-se intensa movimentação na Câmara visando à entrega do relatório da CEI do Loiolagate ainda essa semana ao Ministério Público. Seria uma forma de criar um fato que pudesse justificar a nova eleição.

Há quem observe que agora que a coisa desbandeirou de vez, até os mais recatados e tímidos edis querem ser presidente daquela Casa, no mais legítimo espírito do vale-tudo. Parece também haver uma certa resignação no ar: se Ruy Machado conseguiu, todos também podem.

Em se tratando de Câmara de Itabuna, duvidar, quem há de?