Por Mark Wilson “Teixeirinha”

Eu vi Zagallo quando era criança aqui em Itabuna. Sei que foi depois da Copa de 74 da Alemanha, mas não me lembro do ano. Acho que foi em 75. Ele era técnico do Botafogo que veio jogar em Itabuna contra o Vitória de Salvador.

O Vitória ganhou por 1 x 0, gol de pênalti batido pelo baixinho Osni, grande craque da época. No final do jogo, meu pai, que era titular de cadeiras cativas do estádio, tinha direito de acesso ao gramado do Itabunão e foi conversar com Mario Jorge Lobo Zagallo.

Os dois conversando e eu, na mais pura e ingênua atitude da minha infância de meus talvez 10 anos, peguei no braço de Zagallo, como que puxando para chamar-lhe a atenção, olhando para cima direto em seus olhos e perguntei: “Seu Zagallo, seu Zagallo, o senhor é amigo de meu pai?” E ele se virou para mim e me respondeu: “Sou, sim”.

Fiquei muito feliz por aquilo e durante algum tempo eu falava com meus amiguinhos que meu pai era amigo de Zagallo.

Jamais me esquecerei disso em minha vida.